segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Novo documentário da candidatura da Arrábida a Património Mundial destaca tradição, saberes e paisagem


A Arrábida continua a sua caminhada rumo à classificação como Património Mundial. Depois de um olhar mais profundo sobre a vertente natural deste vasto território, que abrange os concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra, o enfoque está, agora, no estudo do património cultural imaterial, manifestações que nos contam a história das populações que aqui se fixaram, ao longo dos tempos.

Já está disponível para visualização, no canal Youtube da Câmara Municipal de Palmela, o documentário «Arrábida Imaterial», que se apresenta como uma leitura possível do território, mostrando-o como lugar mágico e transcendente, mas simultaneamente real, onde, ao longo do ano, o ciclo da vida prossegue. A narrativa intercala o sagrado com os saber-fazer, desenhando a Arrábida como fonte de sustento, de memória e de identidades. A devoção à Nossa Senhora do Cabo Espichel, por parte do Círio da Sociedade Filarmónica Humanitária, dá o mote para o ano, que corresponde a um ciclo agrícola. Na origem, estas manifestações religiosas tinham, como objetivo, apaziguar o sagrado para a fecundação da terra. Pelo meio, os moinhos de vento, o Círio de Quinta do Anjo, o maneio das ovelhas e a produção de queijo, e o vinho como referência maior. A terminar, a paisagem que não nos deixa indiferentes e que nos molda enquanto comunidade. A Sinfonia n.º 4 «Os dias dos Prodígios» - uma composição do maestro palmelense Jorge Salgueiro, concebida para comemorar os 50 anos da Festa das Vindimas, numa celebração da Terra, do Povo e do Vinho - constitui a banda sonora.

Este é um processo que necessita da participação de todos os que convivem com as dinâmicas do território, pelo que o contributo de cada um é fundamental. Acompanhe o percurso da candidatura da Arrábida a Património Mundial em http://arrabida.amrs.pt.