quarta-feira, 8 de abril de 2015

Novas medidas de apoio à agricultura apresentadas em Palmela

Está a decorrer no Cineteatro S. João, em Palmela, uma sessão de esclarecimento para agricultores, subordinada ao tema “PAC 2014-2020, Bolsa de Terras, Sistema de Seguros de Colheita e Regime Forfetário do IVA na Pequena Agricultura”. Promovida pela DRAPLVT - Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, com o apoio da Câmara Municipal, a iniciativa pretende divulgar, em pormenor, o Programa de Desenvolvimento Rural 2020 - que compreende, entre outras, ações de apoio ao investimento a realizar por jovens agricultores na exploração agrícola ou para a transformação e comercialização de produtos agrícolas – apresentar o novo seguro de colheitas 2015, o programa de Bolsa de Terras e o regime de IVA especialmente criado para pequenos agricultores, e abordar temas como a ajuda ao rendimento dos agricultores prevista nos pagamentos diretos - que compreendem, entre outros, o Regime de Pagamento Base (RPB), o pagamento ecológico, os jovens agricultores e o regime da pequena agricultura.



Na sessão de abertura, a Diretora Regional da DRAPLVT, Elizete Jardim, salientou a importância destas reuniões, a realizar em cada uma das delegações, para responder às dúvidas relativas às candidaturas ao novo programa de financiamento ao desenvolvimento rural, e esclarecer os agricultores sobre medidas de apoio e outros temas, num «trabalho de proximidade». A Diretora realçou, também, o facto de esta reunião ser, até ao momento, a que registou maior número de participações, esperando-se um debate rico e frutífero.



O Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, sublinhou o interesse da iniciativa para o concelho, de forte vocação agrícola, e aproveitou para partilhar com os participantes algumas das linhas da política municipal para esta área, no âmbito de «uma estratégia de desenvolvimento local, que se quer sustentado e sustentável». Apesar de cumprirem todos os critérios definidos, a não inclusão das freguesias rurais de Marateca e de Poceirão no mapa da ruralidade, bem como a sua classificação como zonas não desfavorecidas, são fatores preocupantes, que vieram prejudicar o acesso a certos fundos comunitários e a medidas de discriminação positiva, e que foram transmitidos ao Secretário de Estado da Agricultura numa reunião realizada em fevereiro. Entretanto, foram já apresentadas várias candidaturas para a pré-qualificação das parcerias de cada uma das iniciativas de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, na sequência da constituição dos Grupos de Ação Local Rural, Costeiro e Urbano, através de um conjunto de protocolos de cooperação celebrados entre a ADREPES e vários parceiros. Nas palavras de Álvaro Amaro, este é, pois, «um momento de oportunidade, que podemos considerar decisivo no campo da captação de fundos, da definição de novas estratégias e da implementação de políticas conducentes a um mundo rural mais forte».