quinta-feira, 14 de abril de 2016

Palmela contra repercussão da taxa na fatura de gás


O Município de Palmela tem sido confrontado, nos últimos meses, com pedidos de esclarecimento por parte de munícipes, face ao grande aumento verificado na fatura do gás natural, relacionado com a Taxa de Ocupação de Subsolo (TOS). À semelhança da maioria das autarquias do país, o Município de Palmela cobra uma TOS aos concessionários de distribuição de gás natural, que pretende cobrir os custos de construção e manutenção do espaço público. Essa verba devia ser assumida pelas empresas concessionárias como despesa de funcionamento. No entanto, e de acordo com as diretivas da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e do Governo, as empresas fazem repercutir a despesa nas faturas mensais dos consumidores.
Palmela discorda do método de repercussão direta sobre as famílias e continua a exigir, junto da ERSE e do Governo, a alteração do regulamento. Sublinhe-se que o Município tem praticado sempre um valor abaixo da média nacional – procurando evitar um peso excessivo na fatura dos munícipes – e procedeu até, este ano, à redução em 25% da taxa aplicada aos concessionários. É de salientar que as taxas municipais foram aprovadas por unanimidade no Executivo e na Assembleia Municipal.
É, portanto, com surpresa que o Município constata o aumento extraordinário da TOS aplicada na fatura do gás natural dos munícipes, pelo que solicitou, de imediato uma reunião com a empresa SETGÁS e com a ERSE, com vista ao esclarecimento da situação.