Município e Junta definem prioridades para a Freguesia
A semana começou com a reunião entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, realizada durante a manhã de dia 19. Nesta reunião, foram debatidos três tópicos principais – obras ou ações em curso ou a realizar na freguesia, delegação de competência da Câmara na Junta de Freguesia e candidaturas no âmbito do Portugal 2020.
No que se refere ao trabalho em curso na freguesia, as atenções centraram-se nas obras de saneamento e rede viária, nos investimentos programados para as escolas, designadamente, nas EB1 de Cabanas e António Matos Fortuna, na necessidade de acompanhamento diferenciado dos processos de reconversão das áreas urbanas de génese ilegal e na requalificação do Mercado de Quinta do Anjo.
A possibilidade de pavimentação da Rua Joaquim Ferreira Calote, em Cabanas (cujas infraestruturas de saneamento foram recentemente concluídas), uma intervenção na qualificação do Bairro Assunção Piedade, nas ruas das Laranjeiras, 22 de Maio e da Esperança, e a definição de prioridades na pavimentação de rede viária tida como estruturante foram objeto de avaliação conjunta.
Na sequência do processo de participação sobre a futura utilização do Mercado de Quinta do Anjo, avaliou-se a reconversão em mercado de recursos, que acolherá projetos conciliáveis de quatro associações locais e a sede do Grupo de Escuteiros de Quinta do Anjo e do Grupo Motard Montanhão. Um projeto de apoio a crianças e idosos, da responsabilidade da Associação Sementes na Mente e atividades no âmbito do bem-estar físico, que incluem yoga, alimentação saudável, entre outras, estão, também, previstas.
A necessidade de implantação de um espaço de jogo e recreio dentro da malha urbana do Bairro Alentejano/Bairro dos Marinheiros reuniu consenso, havendo, agora, necessidade de encontrar o espaço adequado para a sua concretização.
No que respeita à avaliação do trabalho desenvolvido no âmbito da delegação de competências, considerou-se como área de trabalho com mais fragilidades a limpeza e higiene urbanas, que resulta, em grande medida, do número reduzido de trabalhadores.
Do conjunto de investimentos com financiamento comunitário no âmbito do Portugal 2020, foram abordados, entre outros, os que se relacionam com a rede ciclável (ciclovia de Quinta do Anjo); o Hub 10 com ligação a terminais rodo e ferroviários, na Penalva; uma grande rotunda na entrada poente do concelho, que prevê a requalificação das Estradas dos Quatro Castelos e de Vila Amélia e da rotunda da Makro; a ampliação da Escola António Matos Fortuna, em fase de desenvolvimento do estudo prévio, e a requalificação da EB de Cabanas.
Arrábida é bandeira de qualidade para produtos da região
O contacto com entidades externas teve início numa reunião com o Clube de Produtores da Arrábida no Espaço Fortuna, durante a tarde de dia 19. Apresentado, publicamente, em outubro do ano passado, o Clube de Produtores da Arrábida é um coletivo recente, que congrega, para já, os esforços de oito empresas e entidades da região - Lima Fortuna, Confeitaria S. Julião, Queijaria Artesanal Fernando & Simões, Flavors, Doces da Bina, Rota de Vinhos da Península de Setúbal/Costa Azul, ADREPAL e ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal.
Nesta reunião, conheceu-se as expetativas e os projetos de futuro para o crescimento deste Clube, cujo objetivo passa por associar os seus produtos à referência de qualidade que é a Serra da Arrábida, com vantagens mútuas.
O Sr. Duarte Fortuna, da Lima Fortuna, o porta-voz do Clube, explicou que a ideia surgiu depois de alguns produtores da região se encontrarem, por diversas vezes, na capital, em visita a clientes. Perceberam que conseguiriam economia de escala e maior visibilidade para os produtos e para a região se se agrupassem, dividindo custos, e a primeira medida passou pela contratação e formação de um comercial, que começou, esta semana, a visitar clientes para apresentar todo o portfolio das empresas associadas. Também as presenças em certames passaram a ser feitas sob o chapéu do Clube e as primeiras experiências - no Mercado 1.º de Maio, do Barreiro, na iniciativa “Vinhos no Pátio” em Lisboa, no Festival Queijo, Pão e Vinho e num torneio de golfe no Arrábida Golf & Resort, em Quinta do Anjo - têm sido muito positivas.
A Associação Tempos Brilhantes, com a qual o Município mantém um protocolo, apoiou o desenvolvimento do modelo de negócio, do plano de marketing e da imagem gráfica, e o Clube de Produtores da Arrábida está, agora, empenhado em captar mais produtores da região, em áreas que não sejam concorrenciais com as já integradas, como o mel, as conservas ou as ervas aromáticas. Outro dos objetivos prementes passa por uma maior divulgação junto da comunicação social e da comunidade local, pelo que está em marcha um conjunto de iniciativas centralizadas em Quinta do Anjo.
O Município está a trabalhar, em parceria com várias instituições, na refuncionalização do Mercado de Quinta do Anjo e a realização de mostras e feiras de produtos locais é uma das vertentes que a autarquia quer concretizar, pelo que o Clube de Produtores da Arrábida foi convidado a sentir-se em casa naquele espaço, bem como nos Mercados Municipais de Palmela e de Pinhal Novo, vocacionados para ações de valorização e comercialização dos nossos produtos.
No âmbito do Plano Estratégico da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, estamos incluídos na centralidade “Arrábida”, que partilhamos com os territórios de Sesimbra e Setúbal, e no momento, está a ser desenvolvida uma campanha de promoção, com estratégia de vendas para os mercados interno e externo, na qual o Município procurará envolver todos os agentes locais e regionais.
Município avança com ampliação da Escola Básica de Cabanas
A visita à Escola Básica de Cabanas integrou uma reunião com a Direção da Escola e do Agrupamento para aferir as necessidades deste equipamento, que passam, em grande medida, pela falta de espaço para o desenvolvimento adequado das atividades que fazem parte da vida escolar atual. Em concreto, foi apontada como crítica a falta de um espaço multiusos, onde possam ter lugar as atividades de enriquecimento curricular e expressões, libertando salas como a Biblioteca, que estão, hoje, afetas a outro tipo de utilização. Uma sala de arrumos e novos sanitários, bem como a qualificação do logradouro/refeitório, são mais algumas das necessidades que serão consideradas.
A ambicionada ampliação da escola, há semelhança do que tem vindo a acontecer com outros estabelecimentos de ensino, não será, ainda, possível, até porque teria que passar pela aquisição de mais terreno, mas dentro da área atual, a autarquia está disponível para avançar, ainda este ano, com uma intervenção de ampliação e qualificação da EB de Cabanas, com o apoio de fundos comunitários, no âmbito do Pacto de Coesão da Área Metropolitana de Lisboa. Para isso, será afetada uma verba de cerca de 200 mil euros e apresentada, até 30 de abril, uma alteração ao Pacto, que acrescente esta escola aos três outros casos prementes que já tinham sido sinalizados: a EB de Águas de Moura, a EB Matos Fortuna, em Quinta do Anjo, e a EB de Aires.
A Câmara Municipal já tem um programa preliminar e vai trabalhar, rapidamente, num estudo prévio que responda às expetativas das Direções, e ficou o compromisso de regressar, em breve, para apresentar e debater o projeto com a comunidade educativa.
Visitas à freguesia demonstram território de grande dinamismo
• Centro Social de Quinta do Anjo
As visitas à freguesia, realizadas com a comunicação social e um conjunto de técnicos do Município e da Junta, no dia 20 de abril, tiveram início com o Centro Social de Quinta do Anjo, para contactar com o trabalhado desenvolvido por esta Instituição Particular de Solidariedade Social e conhecer a sua situação atual. Constituída, formalmente, em 1982, esta associação diversificou, ao longo dos anos, o conjunto de respostas que oferece à comunidade e presta, hoje, apoio, a crianças, idosos, desempregados e famílias com graves carências económicas e sociais. Com capacidade para 246 crianças (creche, pré-escolar e ATL), Centro de Dia com 35 seniores e Serviço de Apoio Domiciliário para 60 utentes, disponibiliza, também, um Gabinete de Inserção Profissional, Serviço de Psicologia e Cantina Social, que distribui cerca de seis dezenas de refeições a pessoas em situação de fragilidade social. Dispõe, ainda, de uma Loja Social, localizada no Mercado Municipal de Quinta do Anjo.
No presente, além do estacionamento e acesso às instalações da creche e pré-escolar, o edifício onde funciona o Centro de Dia representa o problema mais premente da instituição, tendo o Município apoiado, em 2015, obras de conservação urgentes. A direção pretende melhorar o existente e promover a ampliação, para alargar a resposta, e a autarquia mostrou-se disponível para apoiar um investimento dessa natureza, no âmbito de uma candidatura a fundos comunitários, lembrando que a principal fatia deve ser assegurada pela Administração Central. A Península de Setúbal necessita de um novo PARES – Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, que permita a requalificação das nossas instituições, a braços com muitas dificuldades, até, de subsistência porque os acordos com a Segurança Social não acautelam todo o serviço que é, efetivamente, prestado e as competências que foram descentralizadas não têm sido acompanhadas dos recursos correspondentes. O Município procurou sensibilizar a nova Diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social para o tema e espera que o paradigma mude rapidamente, para um novo olhar sobre a área social na região e no país.
• Rua José Luís Cipriano
Visitou-se a Rua José Luís Cipriano, ao lado do Centro Social, onde terminou, recentemente, a construção de um prolongamento do coletor de esgotos, numa extensão de 250 metros, e de oito ramais domiciliários, numa obra de cerca de dez mil euros, que fez parte da empreitada 2015 de ampliação e remodelação das redes de águas residuais domésticas e pluviais.
Para o mesmo local, está, já, em preparação o projeto para a pavimentação, um compromisso de mandato que vai avançar este ano e que está orçado em cerca de 50 mil euros. A autarquia está a estudar a relocalização de uma oliveira centenária e alguns ajustes para um perfil de via mais adequado, que constitua uma alternativa à estrada nacional e que consolide a malha urbana.
• Mercado Municipal de Cabanas
A comitiva visitou, de seguida, o Mercado Municipal de Cabanas, equipamento que viu concluída, em janeiro, uma empreitada de obras de conservação, no valor de 12.623,37 euros, que veio dotar o equipamento de melhores condições de funcionamento e conforto. Está em falta a recuperação de uma janela, que dá acesso a um terreno privado, mas já se chegou a acordo com o proprietário e esta pequena obra vai ser adjudicada, para concluir os trabalhos.
Pretende-se, também, pavimentar a rua do Mercado e deslocalizar o contentor de resíduos sólidos urbanos, respondendo às solicitações apresentadas pelos operadores deste espaço, que continua a ser muito procurado pela população e que desempenha um papel importante na comunidade.
Inaugurado em 1988, o Mercado Municipal de Cabanas conta com sete bancas de venda, distribuídas por cinco operadores, com peixaria, hortofrutícolas, pão e mercearia.
• Rua Miguel Cândido
Já está concluída a pavimentação do troço final, com cerca de 500 metros, da Rua Miguel Cândido, em Cabanas, que visitámos na quarta-feira. Esta obra custou 56 mil euros e deu sequência a uma outra, que a autarquia concluiu, no final de 2015, relativa à remodelação da rede de abastecimento.
Esta via permite aos automobilistas um acesso mais rápido e direto à zona de Vila de Amélia, descongestionando a Estrada Nacional 379.
• Rua limite poente – Vila Amélia
De seguida, houve oportunidade de comprovar o início da empreitada de pavimentação de um arruamento em Vila Amélia, que faz fronteira entre os concelhos de Palmela e de Setúbal e que está a ser concretizado em parceria com o Município vizinho. Adjudicada pelo valor de 30 mil euros, esta obra vai servir diversas empresas instaladas no nosso concelho e integra-se na operação Hub 10 – Plataforma de Conexão Territorial Humanizada, candidata ao Pacto de Coesão da Área Metropolitana de Lisboa, de que falaremos mais à frente.
No mesmo local, o Município concluiu, recentemente, os trabalhos de encaminhamento de águas pluviais no cruzamento da Estrada dos Quatro Castelos com a Rua das Fazendeiras, que vieram melhorar a drenagem da zona, e repavimentou um troço de cerca de 300 metros na Estrada de Vila Amélia.
• Rua da Palmeira
No Bairro Assunção Piedade visitou-se a Travessa da Palmeira, para a qual está em adjudicação, pelo valor de 12.300 euros, uma obra de drenagem superficial e pavimentação, que foi solicitada no âmbito do processo OP – “Eu Participo!” e que deve arrancar em maio, concluindo a malha urbana daquela zona.
• Rua José Afonso/Rua do Limoeiro
No Bairro Alentejano, passou-se pela Rua José Afonso, para a qual existe um projeto em desenvolvimento, adjudicado por 5.500 euros, que visa solucionar a questão da drenagem pluvial e pavimentar esta via, no limite do concelho com a Moita. A intervenção, que abrange, também, a Rua do Limoeiro (já no Bairro dos Marinheiros), está estimada em 110 mil euros.
• Texbag
Na zona industrial, visitou-se a Texbag, uma empresa inovadora de soluções de embalagem em plástico e papel, com grandes preocupações ambientais. Esta empresa trabalha com o segmento de luxo, aos níveis nacional e internacional, oferecendo soluções de assessoria técnica, design e imagem, produção e gestão de stocks à medida do cliente. A Texbag fabrica em unidades do grupo, no norte do país, mas tem sediada, em Palmela, a componente comercial e de armazenamento, pela excelente localização e centralidade e pela qualificação profissional dos recursos humanos locais, pelo que está em estudo uma possível expansão da empresa no concelho.
Com um volume de negócios na ordem do milhão e meio de euros, a empresa apresentou questões que são comuns às restantes empresas da zona e que se prendem com a génese daquele território, emparcelado de forma desordenada e sem que tenha sido assegurada a necessária infraestruturação. O Município está sintonizado com estas necessidades e, na medida das suas possibilidades, tem vindo a apostar na melhoria dos acessos, determinantes para a logística do vasto conjunto de empresas que aqui se fixou.
• Turismo Rural “Quinta do Louro”
A Serra do Louro acolhe uma nova unidade hoteleira – a Quinta do Louro – que ainda não foi, formalmente, inaugurada, mas que está, praticamente concluída e que deu, já, um vislumbre da qualidade e das propostas que terá para oferecer aos turistas. Situada em plena Arrábida, esta propriedade possui uma arquitetura tradicional, enquadrada pela paisagem magnífica.
O complexo hoteleiro resulta, de acordo com os proprietários – que dirigem, também, os restaurantes Alcanena e Dona Isilda - de um sonho de mais de dez anos, e é constituído por oito suites, áreas comuns e um amplo espaço exterior, com piscina e muitos recantos para descontrair. Instalado, praticamente, na crista da Serra do Louro, o alojamento beneficia da proximidade a pontos de interesse da região e da oferta diversificada, desde os passeios pela serra para observação da sua fauna e flora únicas à visita ao património arqueológico e cultural riquíssimo, sem esquecer os desportos de ar livre, os roteiros gastronómicos e as belas praias da Arrábida.
O empreendimento beneficiou de fundos do FEDER, através de uma candidatura apoiada pela ADREPES, e vem aumentar a oferta turística do concelho, em termos de alojamento, uma necessidade sentida e que é essencial para ser dado mais um salto, no que respeita ao desenvolvimento turístico do território.
• Casa Agrícola Horácio Simões
Muito importante, também, para o turismo e para o desenvolvimento económico local tem sido o setor dos vinhos, que se transformou completamente, nos últimos vinte anos, e que é, hoje, uma das nossas grandes referências.
A Casa Agrícola Horácio Simões faz parte desse grupo de empresas familiares, com grande experiência e tradição, que souberam pegar nessa herança e adaptá-la ao momento presente, com formação, investimento e marketing. Fundada por José Carvalho Simões, a Horácio Simões conta com mais de um século de experiência vitivinícola e tem vindo a firmar um nome sólido, com produtos diferenciadores, que são sinónimo de qualidade. A terminar este dia de visitas com a comunicação social, visitou-se o espaço-loja “Afinidades” e a adega desta empresa, que fez a opção de manter processos artesanais e de apostar nas castas tradicionais da região, posicionando-se num segmento de gama média-alta, com destaque para os inimitáveis Moscatéis Roxos, que vão conquistando clientes fiéis em todo o mundo. Aventuras como a recuperação de castas quase extintas, como a Boal do Barreiro ou a Bastardo, têm recompensado o esforço e dão a esta família a certeza de que está no caminho certo.
Pedro Simões sublinhou o sucesso da empresa em mercados internacionais, como o Brasil, e, cá dentro, em regiões como o Porto, a Grande Lisboa, o Alentejo ou o Algarve, mostrando algum desalento relativamente à falta de formação sobre vinhos na restauração na Península de Setúbal, o que dificulta, por um lado, uma maior penetração dos vinhos da região na sua própria área geográfica e, por outro, defrauda as expetativas dos turistas estrangeiros, que gostam de ter quem os aconselhe sobre o melhor vinho para acompanhar a refeição selecionada.
Na visita, a Câmara Municipal partilhou a sua preocupação e a necessidade que sente de discutir, com os agentes locais, o Tratado Transatlântico, que tem vindo a ser discutido entre a Comissão Europeia e o Governo dos Estados Unidos da América, sem o envolvimento dos diversos setores económicos, das associações de consumidores ou das estruturas políticas. A liberalização dos mercados terá impactos muito fortes na sociedade, que não se conseguem, ainda, antever em toda a sua dimensão, mas que afetarão, em particular, atividades assentes em valores endógenos. Esperamos não vir a ter que competir, em breve, com Moscatel de Setúbal ou Queijo de Azeitão produzidos em qualquer ponto do globo…
Estudo prévio para rotunda de Vila Amélia apresentado às empresas
Dando continuidade aos contactos realizados nos dois últimos anos, a autarquia convidou, uma vez mais, os empresários da zona industrial de Vila Amélia a participar na Semana dedicada à freguesia de Quinta do Anjo. Os problemas, muito relacionados com a génese daquele território e da sua infraestruturação deficiente, estão devidamente recenseados e o Município concentrou-se no estudo das melhores soluções e na busca de recursos que permitam avançar com as ações priorizadas, em conjunto com os empresários. Essa busca tem passado, em grande medida, pela candidatura a fundos comunitários, no âmbito do Pacto de Coesão da Área Metropolitana de Lisboa.
Na reunião, privilegiou-se a apresentação do plano de intervenção da autarquia, que decorrerá a dois tempos, abrangendo as áreas mais deficitárias: rede viária, drenagem pluvial e águas de abastecimento e residuais.
Dentro das medidas estruturais já em curso, vai-se avançar com a construção de uma rotunda com quatro vias, no local onde, hoje, se cruzam as estradas que nos ligam a Quinta do Conde e ao Barreiro e a rua do limite poente do concelho. Estamos na fase do estudo prévio, mas a intervenção integrará repavimentação, passeios, ciclovia, sinalética e arranjos paisagísticos, conjugando dois projetos intermunicipais candidatados aos fundos comunitários (o Hub 10 – Plataforma de Conexão Territorial Humanizada e o CICLOPP7). Pretende-se garantir a ligação intermodal às estações ferroviárias da Penalva e de Coina, favorecendo a mobilidade suave, para utilização diária pelas populações e pelos trabalhadores das empresas da região, com ganhos ambientais, económicos e de segurança. Numa segunda fase, intervir-se-á na Estrada dos Quatro Castelos, para repavimentação e reperfilamento.
A autarquia está, ainda, empenhada em encontrar uma solução de drenagem pluvial, através de uma rede de coletores e da criação de bacias de retenção, uma vez que o emparcelamento da charneca fez desaparecer várias linhas de água.
Entretanto, no último ano, concretizou-se a pavimentação do acesso à Etiforma e de um troço da Estrada de Vila Amélia, fizemos sinalização horizontal e conservação permanente das vias e, por mandato do Município, a EDP renovou a iluminação pública. Está-se a negociar com a empresa Staples a entrega dos pluviais na sua bacia de retenção, para resolver parte do problema da água que se acumula junto à rotunda da Makro, e insistiu-se com a Brisa para resolver ou assumir a responsabilidade pelo problema da água, que desce da Autoestrada. Depois de muita insistência, a Brisa respondeu, declinando essas responsabilidades, mas demonstrando abertura para reunir connosco em breve.
Palmela acolhe 1.º Encontro de Geocaching
Geocaching é, ainda, para alguns, uma palavra estranha, mas em Portugal são mais de 50 mil os praticantes desta atividade, que é um sucesso em todo o mundo. Trata-se de uma “caça ao tesouro”, adaptada aos tempos modernos e jogada ao ar livre, com recurso a recetores de GPS. Depois do registo no site oficial da modalidade, o praticante tem acesso às coordenadas das milhares de caches (recipientes) que se encontram escondidas nos jardins, parques naturais, praias, leitos de rios ou ruas de cidades, muitas vezes, à vista de todos. Depois de encontrada, a cache é aberta e o conteúdo, ao critério do anterior utilizador, deve ser apreciado e, em caso de ser retirado, deve ser substituído por algo de valor igual ou superior. No entanto, o que interessa, aqui, é a aventura vivida para chegar à cache e a experiência com o seu conteúdo, que encerra um imenso potencial promocional, turístico e cultural.
A Arrábida é, desde o início, um local privilegiado para a prática desta modalidade e existem cerca de cinco mil caches no nosso território, que fazem alusão aos nossos “tesouros”, como o Moscatel de Setúbal. Palmela foi, por isso, o local escolhido para a realização do primeiro encontro de geocaching, a decorrer entre 10 e 12 de junho.
A fechar a Semana dedicada à freguesia de Quinta do Anjo, a autarquia reuniu no Espaço Fortuna, com a organização, a cargo do grupo Máfia & Friends, que revelou grandes expetativas para este encontro, onde esperam reunir cerca de três centenas de geocachers.
Intitulado Geoconquista 2016, o evento integrará um vasto conjunto de iniciativas onde, além da competição propriamente dita, podemos encontrar ações de formação, costering, arborismo, BTT, caminhadas e visitas a adegas, entre outras. As inscrições estão abertas e será, certamente, a primeira de muitas iniciativas do género, a decorrer no concelho.
