sexta-feira, 15 de abril de 2016

Parceria confiante na classificação da Arrábida como Reserva da Biosfera


O auditório da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal teve lotação esgotada, durante a tarde de ontem, para a apresentação pública da Candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera. O evento, em formato de conferência, reuniu intervenções de várias entidades - Comité Nacional do Programa Man & Biosphere, Comissão Nacional da UNESCO, Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo, Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, Instituto Politécnico de Setúbal – que contribuíram para a reflexão sobre o processo de candidatura e o que representa ser uma Reserva da Biosfera, e que deixaram boas perspetivas de sucesso na obtenção da chancela, marca de qualidade relativa a uma rede de mais de seiscentas reservas (dez em Portugal), em 121 países.

A candidatura surge no âmbito do programa “Homem e a Biosfera” (Man & Biosphere) e permite potenciar todo o trabalho realizado ao longo dos anos pela equipa técnica Arrábida, parceiros académicos e sociedade civil. Ao contrário de outras classificações, mais restritivas, as Reservas da Biosfera valorizam valores naturais e patrimoniais excecionais e o seu desenvolvimento sustentável, assente na relação com quem nele vive e trabalha e com quem o visita, promovendo a proteção do património, o seu estudo e valorização.


Envolvimento da comunidade é determinante

Na sessão de abertura, foram celebrados os Protocolos de Colaboração entre os Municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal e a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), para formalização da parceria que integra, também, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). O Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, considera que «o desafio a que nos propusemos comporta passos mais dirigidos às condições concretas da vivência da Arrábida», com as suas dimensões natural, rural e turística, lembrando que a tarefa mais difícil que enfrentamos é «encontrar forma de envolver mais as pessoas», porque esta não é uma candidatura das autarquias, mas das comunidades.


Maria das Dores Meira, Presidente do Município de Setúbal, lembrou que a Arrábida é «território central numa estratégia de desenvolvimento regional», sublinhando que a chancela da UNESCO trará «reconhecimento internacional». Para a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa, a candidatura será «mais-valia para a sustentabilidade da Arrábida», território de «singularidade ecológica, patrimonial e cultural». A Presidente do Conselho Diretivo do ICNF, Paula Sarmento, reforçou a importância de envolver as forças vivas da região, para um processo mais participado e seguro, e Rui Garcia, Presidente do Conselho Diretivo da AMRS falou do papel instrumental desta candidatura, como meio para dotar a Arrábida de melhores condições e para impulsionar o seu desenvolvimento harmonioso.
A par do encontro, a organização lançou, ontem, a página do facebook da candidatura. Aceda aqui e acompanhe o processo, passo a passo.