A Arrábida continua a sua
caminhada rumo à classificação como Património Mundial. Depois de um olhar mais
profundo sobre a vertente natural deste vasto território, que abrange os
concelhos de Palmela, Setúbal e Sesimbra, o enfoque está, agora, no estudo do
património cultural imaterial, manifestações que nos contam a história das
populações que aqui se fixaram, ao longo dos tempos.
Já está disponível para
visualização, no canal Youtube da Câmara Municipal de Palmela, o
documentário «Arrábida Imaterial», que se apresenta como uma leitura possível
do território, mostrando-o como lugar mágico e transcendente, mas simultaneamente
real, onde, ao longo do ano, o ciclo da vida prossegue. A narrativa intercala o
sagrado com os saber-fazer, desenhando a Arrábida como fonte de sustento, de
memória e de identidades. A devoção à Nossa Senhora do Cabo Espichel, por parte
do Círio da Sociedade Filarmónica Humanitária, dá o mote para o ano, que
corresponde a um ciclo agrícola. Na origem, estas manifestações religiosas
tinham, como objetivo, apaziguar o sagrado para a fecundação da terra. Pelo
meio, os moinhos de vento, o Círio de Quinta do Anjo, o maneio das ovelhas e a
produção de queijo, e o vinho como referência maior. A terminar, a paisagem que
não nos deixa indiferentes e que nos molda enquanto comunidade. A Sinfonia n.º
4 «Os dias dos Prodígios» - uma composição do maestro palmelense Jorge
Salgueiro, concebida para comemorar os 50 anos da Festa das Vindimas, numa
celebração da Terra, do Povo e do Vinho - constitui a banda sonora.
Este é um processo que
necessita da participação de todos os que convivem com as dinâmicas do
território, pelo que o contributo de cada um é fundamental. Acompanhe o
percurso da candidatura da Arrábida a Património Mundial em http://arrabida.amrs.pt.