quarta-feira, 1 de abril de 2015

Programa de férias no Museu sensibilizou para diferentes "Modos de ver e escrever o mundo"

Nos dias 26 e 27 de março, o Serviço Educativo do Museu Municipal realizou, no Castelo de Palmela, dois dias de férias bem recheados de animação: o primeiro dia destinado a vinte crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos, e o segundo a dezanove crianças dos 10 aos 14 anos.


Os programas de férias no Museu exigem equilíbrio entre a transmissão de conhecimentos e o prazer de estar de férias, pelo que a equipa do Serviço Educativo preparou uma programação ponderada entre momentos de aprendizagem e momentos de lazer.



Nesta Páscoa, o Museu Municipal foi mais longe e aventurou-se a ter como temática a Religião. Aos museus, cabe o importante papel de traduzir a realidade que nos rodeia, dá-la a conhecer aos diferentes públicos, fomentar a reflexão e, se possível, provocar alteração de comportamentos. Apesar da distância, é impossível ficar indiferente às notícias que, todos os dias, mostram a debilidade do mundo e foi com esse objetivo que surgiu o programa «Modos de ver e escrever o mundo».


Nestes dois dias, as crianças conversaram sobre o que é a Religião, abordando algumas das várias culturas que povoam o mundo desde a antiguidade, e a partir deste mote, centraram-se, depois, nas três principais religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, referindo o que as diferencia mas, sobretudo, o que têm em comum. Numa viagem pelo tempo, foram explorados os locais do Centro Histórico de Palmela que testemunham a sua presença na vila, em diferentes épocas.



Depois desta experiência, as crianças foram ensinadas a desenhar a palavra “Esperança” em três línguas: hebraico, português e árabe. Foram criados marcadores de livros, a partir da explicação do que são iluminuras e das profissões que estavam associadas à produção de um livro na época medieval.



Nesta aventura, o Museu pretendeu contribuir para sublinhar a importância da liberdade e do respeito pelo outro e pela diferença de pensamento e, em última instância, demonstrar que a violência nunca pode ser a solução. Tudo isto em dias repletos de brincadeiras, jogos e interação!