Entre
16 e 20 de janeiro, a Câmara Municipal de Palmela promoveu a Semana da
Freguesia de Pinhal Novo, que marcou o início do ciclo anual de trabalho
dedicado às Freguesias, que irá prolongar-se até maio. Este foi um “pontapé de
saída” muito positivo, que permitiu constatar, uma vez mais, o grande
dinamismo que as e os agentes locais imprimem àquela que é a freguesia mais
jovem e urbana do concelho, mas que sabe manter, também, bem vivas as suas
raízes rurais e ferroviárias e a sua forte identidade cultural.
Município preocupado com situação vivida na Herdade de Rio Frio
Na
segunda-feira, dia 16, o Executivo deslocou-se a Rio Frio, onde se
reuniu com as/os trabalhadoras/es da Herdade, que vivem uma situação de grande
incerteza quanto ao seu futuro, face às dificuldades financeiras da Sociedade Agrícola
de Rio Frio e ao atraso no pagamento dos seus salários e subsídios de Natal e
férias.
A
situação que ali se vive é bastante preocupante e deve-se, em grande medida, às
dificuldades que a Sociedade enfrenta, relacionadas, sobretudo, com a falência do
BPN e com o desinvestimento em atividades fundamentais para a sustentação
económica do projeto agro-turístico que estava previsto e licenciado para a
Herdade. Recordo que a colaboração do Município foi total, quer no que respeita
à adequação dos instrumentos de gestão e planeamento do território, quer aos
licenciamentos, no sentido de dar condições ao desenvolvimento do projeto e aos
financiamentos comunitários, que se perderam por não cumprimento dos requisitos
necessários.
Na
reunião com as/os trabalhadoras/es, o Executivo tomou conhecido de que os salários em
atraso foram pagos por pressão das/os trabalhadoras/es que se manifestaram em
Lisboa, mas continuam por receber os subsídios de Natal de 2015 e 2016 e o
subsídio de férias do ano passado. A generalidade das/os trabalhadoras/es, de
áreas diversas, expressaram, também, preocupação pelo desinvestimento e sinais
de abandono que verificam e que podem fazer perigar a manutenção e
desenvolvimento de setores produtivos necessários à sustentabilidade do
projeto.
A autarquia mantém o total apoio às/aos
trabalhadoras/es (44, no total) e ao projeto, no sentido de serem assegurados
os postos de trabalho, e a disponibilidade para ajudar a esclarecer o que
pretendem potenciais investidores para aquele espaço, designadamente, no que se
refere à produção vitivinícola e ao turismo equestre.
Direção empenhada na revitalização do Grupo
Desportivo de Rio Frio
Em
seguida, decorreu, no mesmo espaço, a reunião com a Direção do Grupo Desportivo
de Rio Frio que, pouco tempo após a tomada de posse, ficou a braços com a
derrocada do telhado das suas instalações, o que obrigou concentrar energias
nesta obra, para a qual o Município contribuiu com uma verba de três mil euros.
A
titularidade das instalações e questões burocráticas cuja resolução é
necessária à revitalização desta associação foram tema central da reunião, onde
se confirmou o empenho da direção e a disponibilidade do Município para que
esta coletividade volte a ter a projeção de outrora e possa desenvolver atividades
que a prestigiaram. É o caso do rancho folclórico, para o qual continuam a
receber convites para atuações e cuja reativação é uma boa notícia para a
coletividade e para o panorama cultural concelhio.
Município disponível para apoiar pequenas intervenções urgentes em Rio
Frio
Também
as/os moradoras/es da Herdade de Rio Frio, que abrangem mais de uma centena de
trabalhadoras/es e familiares, aproveitaram a oportunidade para sensibilizar o
Município, no sentido de ajudar a colmatar dificuldades que se prendem com o
estado de abandono das ruas, infraestruturas e outros espaços de que usufruem.
Apesar das questões da dominialidade dessas infraestruturas, ficaram decididas
algumas intervenções urgentes, designadamente o despejo de uma fossa, uma
rotura na rede de água e o arranjo de caminhos que, não sendo municipais, são
essenciais ao quotidiano das pessoas.
Rio
Frio terá que continuar a ser um aglomerado urbano e é necessário assegurar os
direitos de habitação de quem ali habita.
Executivos
fazem ponto de situação positivo sobre projetos em curso
Na
reunião realizada entre o Executivo Municipal e a Junta de Freguesia de Pinhal
Novo, durante a manhã de terça-feira, foi realizado o ponto de situação das obras e investimentos
em curso, tendo-se referido que estão em vias de conclusão os estudos prévios
de algumas intervenções, caso do estacionamento na Praceta João Coelho Possante
e dos logradouros das traseiras da Rua 25 de Abril, mas, por outro lado, foram
concluídas outras obras incluídas no programa de mandato e outras que
decorreram dos processos participativos, designadamente, as pavimentações do
Aceiro dos Arraiados, da primeira fase da Rua 5 de Outubro, do Aceiro das
Sapatarias e da Rua dos Farias. Após a conclusão da iluminação do viaduto
Infante D. Henrique, de acesso ao Aceiro do Costa, ganha prioridade a colocação
da iluminação pública no viaduto da Lagoa da Palha, que embora dependente da
contratualização com as Infraestruturas de Portugal, o Município irá propor a
sua inclusão no Plano de Investimentos da EDP, ao abrigo do contrato de
concessão.
A
Junta de Freguesia chamou, uma vez mais, a atenção para a destruição
sistemática de calçada e dos bancos de pedra, no final da Alameda Alexandre Herculano,
devido ao estacionamento ilegal em espaço pedonal, e referiu-se a outros
investimentos que carecem de apoio municipal, como a remodelação do Espaço de Jogo
e Recreio do Jardim José Maria dos Santos, o estacionamento junto ao cemitério
do Terrim (incluindo lugares para pessoas com mobilidade reduzida), a
iluminação do circuito de manutenção, os arruamentos do Jardim Zeca Afonso,
entre outros. Assuntos também abordados foram a melhoria da recolha dos
resíduos sólidos e de monos e os ajustes ao horário do Circuito Urbano de
Pinhal Novo.
Intervenções
previstas, como a requalificação dos espaços exteriores do Loteamento da
Cascalheira e da Quinta de Matos e a semaforização da Infante D. Henrique e do
cruzamento do Aceiro dos Arraiados com a Rua do Trabalhador Rural, e as obras
dependentes de fundos comunitários, no âmbito do Portugal 2020 - Regularização
da Ribeira da Salgueirinha (cuja assinatura do contrato-programa com a Agência
Portuguesa do Ambiente se aguarda), Monte do Francisquinho, Ciclop7, Largo da
Mitra, entre outras – foram, também, objeto de um ponto de situação. Foi, ainda,
anunciado que, muito brevemente, será colocada na plataforma para concurso
público a construção da Unidade de Saúde Familiar de Pinhal Novo-Sul.
Associações
de Moradores da freguesia reúnem-se em maio
Durante
a noite de terça-feira, o Executivo promoveu uma reunião com as Associações de
Moradores em funcionamento na freguesia de Pinhal Novo – Cascalheira, Entre Ruas,
Pinheiro Grande e Terrim. Na ocasião, debateram-se investimentos a realizar nos
respetivos bairros, como a manutenção de aceiros, pavimentações e iluminação
pública, e a dinamização do trabalho de participação que têm vindo a
concretizar, sublinhando o compromisso social e a partilha de recursos que
marca a sua ação. Os espaços de trabalho das associações – que, em muitos
casos, são o único ponto de encontro e convívio dos moradores dos bairros,
mereceram também algum debate e atenção. Foi, ainda, abordada a realização de
um encontro de associações de moradores do concelho, a realizar na primeira
quinzena de maio.
Rede
social ganha novas valências em Pinhal Novo
As visitas realizadas durante a manhã de
quarta-feira, na companhia da comunicação social, sublinharam o grande
dinamismo da freguesia, que se espelha na atividade empresarial, mas também na
área social ou no associativismo. Associações juvenis e de moradores,
coletividades e instituições particulares de solidariedade social continuam a
arregaçar as mangas e a pôr mãos à obra em múltiplos projetos que reforçam a
rede social local e o espírito comunitário. O Município entende que estas
iniciativas enriquecem o tecido social e são base essencial para o
desenvolvimento sustentável defendido para este território, procurando apoiá-las e ser um parceiro de primeira linha, sempre em busca das melhores
soluções.
- O
programa de visitas começou, precisamente, no Centro Comunitário da Carregueira, um novo espaço ao serviço da comunidade,
que nasce da refuncionalização do edifício da Escola Básica da Carregueira, entretanto
desativada. O espaço acolhe, já, o Círio da Carregueira e a Associação Juvenil
INdiferentes, que ficam dotados de uma sede condigna para a realização das suas
atividades. A este propósito, foi aprovado, na reunião pública de quarta-feira,
o Contrato de Comodato que vem formalizar esta parceria com as associações e
com a Junta de Freguesia, responsável pela gestão e manutenção da escola, e que
teremos oportunidade de assinar muito em breve.
Eram muitas as solicitações para aquele edifício, pelo que o Município avaliou e priorizou as
necessidades e o trabalho desenvolvido por cada uma das associações. Fundado em
1833, o Círio da Carregueira é a instituição mais antiga de que há registo na
freguesia e tem uma grande tradição na região, ligada ao culto religioso, mas
também à defesa da cultura e da identidade da freguesia. Os INdiferentes são uma
associação jovem e dinâmica, que integra o grupo de trabalho “Março a Partir”,
desenvolvendo a sua atividade de forma muito séria. Acreditamos que o convívio
intergeracional entre direções e associadas/os das duas entidades será bastante
positivo e promoverá aprendizagens mútuas.
Além da
cedência de salas ao Círio e à associação juvenil, o espaço mantem-se disponível
para utilização pela Câmara Municipal, pela Junta de Freguesia e por outras
associações, para a realização de reuniões públicas e para a criação de novas
respostas para a comunidade, transformando este espaço num Centro Comunitário,
à semelhança do modelo já implementado em Águas de Moura.
- De
seguida, visitaram-se as instalações da Magjacol,
empresa com
sede em Pinhal Novo que se dedica à produção e comércio de tintas, colas vernizes
e materiais de construção. Nascida na década de 70, a empresa começou por fabricar colas asfálticas para tacos de madeira,
passando, nos anos 80, a produzir colas brancas e vernizes para soalhos de
madeira. A entrada no mundo das tintas veio a acontecer na década seguinte,
primeiro com tinta aquosa para construção, em 1990, e quatro anos mais tarde,
com a aquisição do sistema “Tintométrico”, que possibilita a afinação de
qualquer tipo de tinta, numa paleta que conta com mais de 9.500 cores, aumentando,
em muito, o público alvo e abrindo as portas para o crescimento da empresa, que
continua a apostar, desde então, na ampliação e modernização das instalações e
dos serviços prestados. Hoje em dia, as novas tecnologias permitem a leitura
digital de cores através de uma amostra e a reprodução exata dessa cor.
Em
média, são produzidos e escoados, diariamente, 60 baldes de 15 litros de tinta.
A empresa trabalha e vende, também, produtos de outras marcas, para construção
civil e decoração.
Com uma
equipa composta por cinco trabalhadoras e trabalhadores, a Magjacol aposta,
desde sempre, numa postura de colaboração e responsabilidade social, apoiando
diversas coletividades e instituições locais. Empresa “Mecenas de Palmela”,
colabora, também, frequentemente com o Município na prossecução de projetos
como o “Duas (de)mãos por Palmela”.
- Terminada a visita à empresa, houve oportunidade de contactar
com um conjunto de obras
recentemente concluídas na freguesia e que já estão a fazer a diferença no
quotidiano das populações. É o caso da execução de estacionamentos e passeios
em calçada na ligação entre o viaduto e a Extensão de Saúde de Venda do
Alcaide, uma empreitada de cerca de 30 mil euros, e da realização de valetas em
betão na Rua José Nabo, no Bairro 25
de Abril, no valor de 10 mil euros. Concluído, também, o primeiro troço da
pavimentação da Rua 5 de Outubro, no
valor de 75 mil euros – uma intervenção que surge a pedido de moradoras/es, no
âmbito processo “Eu Participo!”. Para este ano, a continuidade desta via foi,
também, uma das ações mais votadas e vai ser concretizada, numa empreitada de
cerca de 100 mil euros. A Rua dos Farias
está terminada, na sequência de uma empreitada no valor de 22 mil euros, muito
importante para a consolidação daquela zona e para a ligação à vila. Na
ocasião, falámos, ainda, da remodelação de uma conduta de abastecimento de água
e construção de 45 ramais, para servir igual número de famílias, no Aceiro do Marcolino, uma obra ainda em
curso, no valor de cerca de 50 mil euros.
- Realizou-se, também, uma visita de trabalho às instalações do COI onde está a funcionar
o projeto CLDS-3G Palmela (Ganhar
competências, Gerar oportunidades, Garantir emprego), título que descreve o Contrato Local de Desenvolvimento Social
aprovado para o concelho de Palmela, pelo período de três anos, em sequência de
uma candidatura a fundos comunitários. Contratos Locais de Desenvolvimento
Social são instrumentos de política pública que pretendem uma intervenção de
proximidade, a promoção da integração social e o combate à pobreza e a qualquer
forma de discriminação. No nosso concelho, o projeto está a ser desenvolvido
pela Fundação COI, pelo Centro
Social de Quinta do Anjo e pela ADREPES – Associação de Desenvolvimento Regional
da Península de Setúbal, com a colaboração da Câmara Municipal. Como nos
explicaram as técnicas e os técnicos que coordenam o programa, são três os
eixos de intervenção: Emprego, Formação e Qualificação; Intervenção Familiar e
Parental e Capacitação da Comunidade e das Instituições. O plano de trabalho
contempla, entre outras áreas, a realização de ações formativas com empresas e pessoas
desempregadas, a intervenção junto de famílias, visando o desenvolvimento das
suas competências, a realização de atividades junto de crianças e jovens e o
desenvolvimento de um trabalho de capacitação com o movimento associativo
local. A primeira atividade decorreu em dezembro, numa parceria com os
Bombeiros de Pinhal Novo que permitiu a recolha e doação de brinquedos às
crianças do concelho. Para fevereiro, está já agendada a primeira ação do ciclo
de conversas “Ser o melhor de mim, todos os dias”. O contacto com a comunidade,
em geral, e com instituições, coletividades, empresas e comércio local, em
particular, é fundamental para o desenvolvimento social do concelho e é um dos
objetivos deste projeto, que já está no terreno, a envolver a comunidade e a
estabelecer parcerias. (As senhoras e os senhores jornalistas poderão encontrar
mais informação em http://clds3gpalmela.pt/ e https://www.facebook.com/CLDS-3G-Palmela-1108796782576294/?fref=ts).
-
Na continuação do programa de visitas, o Executivo dirigiu-se até às instalações do futuro Lar
dos Ferroviários, que deverá abrir portas ainda no primeiro trimestre deste
ano. Com capacidade para 75 camas em regime de internamento e 40 em apoio
domiciliário, este é um equipamento da responsabilidade da Associação dos Lares
dos Ferroviários, que vem responder a um anseio antigo dos ferroviários,
constituindo-se como mais uma resposta no concelho para a população de idade
maior. Apesar da prioridade ser, como seria de esperar, para os associados da
instituição, os estatutos abrem este equipamento a todas/os as/os interessadas/os.
A receção e a secretaria já estão a funcionar e a receber pedidos,
recenseando-se, no momento, cerca de trinta candidaturas. De grande qualidade,
as instalações incluem sala polivalente, refeitório, salas de atividades,
capela, balneários, cozinha, lavandaria, jardim interior e logradouro, entre
outros espaços, bem como várias tipologias de quartos, desde os individuais até
aos duplos com casa de banho. A obra representa um investimento da Associação
dos Lares dos Ferroviários superior a dois milhões de euros, ao qual acrescem
cerca de 150 mil euros para mobiliário e equipamento, tendo o Município
colaborado para a concretização deste sonho dos ferroviários de Pinhal Novo com
a cedência do terreno e a isenção de taxas.
- Antes da deslocação para um outro projeto de âmbito social, no Monte do Francisquinho, houve passagem pela recém-concluída obra da Ligação
intermodal Pinhal Novo Sul. Apresentada, no âmbito da Semana da
Freguesia de Pinhal Novo 2016, realizada no mês de maio, ainda em fase de
estudo prévio, esta intervenção, candidatada a fundos comunitários, foi
concluída antes de tempo, o que garantiu uma majoração de 10%. A obra
estendeu-se ao longo de 5.300 metros quadrados e veio contribuir para o
ordenamento e qualificação do espaço público e da entrada sul da estação da
REFER, bem como para imprimir uma nova dinâmica e centralidade à zona sul da
vila. Promover a mobilidade suave e
sustentável, nomeadamente, o uso do transporte público, em detrimento do
transporte em veículo automóvel individual, bem como a deslocação a pé e de
bicicleta, são mais alguns dos objetivos desta obra, que criou 74 novos lugares
de estacionamento automóvel comum, quatro lugares de estacionamento para
pessoas com mobilidade condicionada e dois lugares para estacionamento de
táxis. A via para ciclistas e peões, que liga a entrada sul da estação ao
caminho pedonal a nascente do estacionamento, entre os limites do caminho
férreo e a escola de 2.º e 3.º ciclos, deverá ter continuidade em breve,
fortalecendo a rede de ciclovias da freguesia.
- Passou-se,
depois, a um momento de grande importância e simbolismo para o Núcleo da Liga dos Combatentes do Pinhal
Novo e para o Município, com a assinatura do contrato relativo à cedência,
em regime de comodato, de uma parcela de terreno situada no Monte do
Francisquinho, Urbanização Vale Flores, que integra a antiga “Casa do Caseiro”.
A assinatura aconteceu, precisamente, no local onde o Núcleo, que se encontrava
sediado na Palhota, vai passar a desenvolver a sua atividade. O imóvel, cuja
reabilitação está, praticamente, concluída, tem uma área coberta de 100 metros
quadrados (rés-do-chão e 1.º andar), acrescidos do espaço exterior envolvente,
com 409,8 metros quadrados, destinados a logradouro. Além dos escritórios e
espaços de atendimento, o Núcleo da Liga pretende instalar ali um Gabinete
Médico, com médicas/os voluntárias/os que prestem apoio a associadas/os e suas
famílias, e um pequeno espaço habitacional independente, com quarto, casa de
banho e kitchenette, que permita
responder a situações de emergência social. Com esta nova localização, numa
área mais central, a instituição terá, certamente, melhores condições para o seu
trabalho, nomeadamente, nas áreas social, de saúde física e mental. A
Liga dos Combatentes, fundada em 1923, tem 11 núcleos e apoia e promove a
inclusão social de combatentes portuguesas/es que tenham atuado na guerra
colonial ou em operações de paz, ao abrigo de acordos internacionais. No
entanto, todas e todos podem associar-se à Liga e usufruir dos seus serviços,
pelo que esta instituição continuará a crescer e manifestou a sua intenção de,
também, em Pinhal Novo, continuar a ampliar a sua ação.
- A manhã terminou com a apresentação do estudo prévio para a intervenção de
remodelação da zona poente do Largo
José Maria dos Santos, espaço central da vila. O Município adjudicou, já, o
desenvolvimento do projeto integral, mas vai fazer a obra faseadamente,
começando pela zona poente, que é, também, a mais sensível ao nível patrimonial.
Pretende-se manter a identidade do jardim, valorizando elementos como o Coreto
e o busto de José Maria dos Santos através de iluminação cenográfica, e a
primeira fase vai incidir, sobretudo, na substituição do pavimento, na
acessibilidade e no maior arejamento e visibilidade do espaço, com alterações
ao nível da vegetação. O grande lago que domina o jardim foi construído há
várias décadas, adequado à estética em voga nos anos 70 e 80 do século passado,
pelo que se encontra ultrapassado e cria grandes dificuldades, relacionadas com
avarias, manutenção e segurança. A nossa proposta vai no sentido da
substituição do lago por dois espelhos de água geométricos, que mantêm o
elemento água, mas duma forma mais moderna e de fácil manutenção, tornando, também,
o espaço mais versátil para a realização dos grandes eventos culturais da
freguesia. Ao nível da circulação rodoviária, prevê-se a criação de uma nova bolsa
de estacionamento na zona que medeia o bar esplanada “O Pinto” e o Centro
Paroquial, e pretende-se transferir a gare de autocarros dos Pinheirinhos por
outra, entre a esplanada e o chafariz, com espaço para três autocarros. O projeto de remodelação do jardim e a obra
terá início, provavelmente, no final do verão.
Município discutiu com a comunidade
educativa
futuras intervenções nas EB Salgueiro
Maia e Zeca Afonso
O
final da tarde de quinta-feira foi dedicado à área da educação, com reuniões de
trabalho bastante profícuas em duas escolas da nossa freguesia, com a
participação da Junta de Freguesia - que tem a seu cargo a conservação geral
dos edifícios escolares, no âmbito dos protocolos de descentralização de
competências - e da Direção do Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos,
além das respetivas Direções e Associações de Pais
Na EB Salgueiro Maia foi apresentado o estudo prévio para uma intervenção no logradouro do 1.º ciclo,
em resposta a questões anteriormente identificadas. Pretende-se a substituição
das terras por um pavimento uniforme, em betão poroso, que melhore as condições
de limpeza e acessibilidade. A intervenção contempla, também, a revisão das
redes de drenagem pluvial, considerando a recente instalação de toldos, que
vieram alterar o encaminhamento das águas pluviais. Serão, ainda, colocadas
redes de proteção no Espaço de Jogo e Recreio. O estudo será, agora,
aprofundado, com vista ao desenvolvimento do projeto de execução, prevendo-se a
realização da obra para o início das férias escolares de verão.
Entretanto,
a Junta de Freguesia vai avançar com a conservação de caixilharias nos acessos
ao logradouro do pré-escolar, outro dos temas já identificados previamente, bem
como a manutenção dos estores mecânicos. Na reunião, a direção da escola
sensibilizou-nos para novas questões, decorrentes do aumento do número de
crianças que frequentam o pré-escolar, cujo logradouro está, já,
subdimensionado para as necessidades. Existindo um outro espaço anexo que não
está, no momento, em utilização, as nossas equipas vão reunir agora,
internamente, para estudar soluções de ampliação para este logradouro, uma
intervenção que nos comprometemos a discutir com a direção da escola no início
do próximo ano letivo.
Na
EB Zeca Afonso, seguiu-se o mesmo
modelo, auscultando, por um lado, as questões levantadas por quem vive o dia-a-dia
daquele espaço, e por outro, apresentando um estudo prévio para uma intervenção
que já temos planeada – neste caso, com vista à ampliação do refeitório, que se
prevê duplicar dos atuais 92 metros quadrados para 180. Também a área de
recreio deverá aumentar, de 68 para 116 metros quadrados, prevendo-se, ainda, a
revisão total da cobertura, devido a problemas de infiltrações, e a
reformulação dos acessos à cozinha para pessoas e viaturas. Em virtude da
apreciação feita, o Executivo vai ponderar o faseamento da obra, para antecipar a
resolução dos acessos à cozinha e das infiltrações. Para 2018, temos prevista
uma revisão geral dos equipamentos existentes nos Espaços de Jogo e Recreio,
que incidirá, nesta escola, na substituição de alguns brinquedos e no
pavimento.
A
Junta de Freguesia informou que foi feito, já esta semana, um desbaste aos
sobreiros do pátio e que procederá à limpeza quinzenal de algerozes, para minimizar
o risco de novas infiltrações. Durante o verão, dará início à pintura faseada
do interior da escola.
Arco da Ponte continua a apaixonar as/os
pinhalnovenses
Durante a noite de quinta-feira, dia 19 de
janeiro, o Município, a Junta de Freguesia e a comunidade local estiveram
reunidos no salão da Junta para debater um tema que é bastante querido das e
dos pinhalnovenses. Trata-se do antigo Arco da Ponte, desmantelado em 2002, no
decorrer das obras de modernização da linha férrea, da responsabilidade da REFER,
e do destino a dar às pedras que o constituíam. Sabendo ser impossível a sua
reconstrução integral, o Município de Palmela deu a conhecer a sua pretensão de construir um memorial evocativo a
partir da alvenaria de pedra original e lançou a ideia à discussão pública.
Nesta
sessão, debateu-se quer o memorial, quer a sua localização, e procedeu-se à
recolha de memórias sobre as diversas utilizações e formas de apropriação
daquele local pelas várias gerações. Lugar de encontro e de ligação entre os
dois lados da linha e da vila, ponto de convívio e de brincadeira, em
particular, para a população mais jovem, que utilizava a lateral junto à
barreira como “escorrega”, o Arco da Ponte continua a despertar paixões entre as/os
pinhalnovenses, que o entendem como uma das principais páginas da história de
Pinhal Novo.
Como
em tudo o que nos apaixona, cada um e uma de nós tem uma visão e um sonho
diferente para o que resta daquela estrutura de engenharia, datada dos anos 30
do século XX. Como teve oportunidade de constatar quem, ontem, acompanhou a
conversa noite dentro, para uns, o arco está intimamente ligado à tradição
ferroviária da vila, mas para outros, a ferrovia ficava ao lado, estando o arco
mais ligado à componente humana. É opinião de muitas/os que o arco deveria, na
medida do possível, e mesmo que com menos profundidade, ser reconstruído na
localização original, o que no entanto, seria muito difícil, devido à
existência de espaços-canal da linha férrea e à obrigatoriedade de aprovação
dos projetos por parte da REFER. Uma das rotundas da Avenida dos Ferroviários,
na urbanização de Val’Flores, um terreno à direita de quem desce o viaduto para
sul (também em Val’Flores, cuja toponímia está toda ligada ao mundo ferroviário),
a zona poente do Jardim José Maria dos Santos e a entrada da ecopista foram
mais algumas das localizações propostas e cujas vantagens e desvantagens o
Município terá, agora, que avaliar, a fim de consolidar uma ideia.
Também
ao nível conceptual, as sugestões dividem-se entre a reconstrução fiel do arco
ou, pelo menos, da sua fachada, e uma visão mais contemporânea e simbólica.
Além da população e agentes locais, o Município convidou, para a sessão,
várias/os artistas plásticas/os do concelho, que acederam à proposta e
participaram na sessão, alguns já com ideias consistentes que pretendem
apresentar publicamente.
Assim
que esteja consensualizada a localização, o Município compromete-se a reunir
com as/os artistas que se disponibilizaram e apresentar um regulamento que
defina critérios para a criação, de forma justa e ao encontro dos desejos
expressos pela população.
Entretanto,
a recolha de informação continua e irá inspirar o memorial, contribuindo,
também, para enriquecer a historiografia local e o espólio do Museu Municipal.
Este trabalho do Museu terá continuidade nos próximos meses, com diversas
sessões do projeto de recolha fotográfica “Álbum de Família” no Pinhal Novo.
Além
da participação presencial nestes encontros, a população poderá participar
através do envio de imagens digitalizadas do Arco da Ponte e/ou depoimentos com
as suas memórias para o e-mail museumunicipalpalmela@gmail.com.