O Castelo de Palmela já
brilha com maior intensidade, da Arrábida para toda a Área Metropolitana de
Lisboa e distrito de Setúbal, assumindo o seu papel como verdadeiro farol da
região.
A inauguração da iluminação
cenográfica decorreu no passado sábado, dia 15 de agosto, em clima de festa.
Uma performance pela companhia
DançArte, que está a assinalar 20 anos de existência, congregou a população e
muitos visitantes no Largo de S. João, convidando-os, depois, a dirigir o olhar
para o Castelo, onde as luzes se acenderam, pouco passava das 22 horas.
O Presidente da Câmara
Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, definiu a concretização desta obra
como «mais um passo na nossa estratégia de promoção turística» e o cumprimento
«do compromisso assumido na valorização dos monumentos e edifícios de interesse
do Centro Histórico» da vila.
Recordando o Ritual
Almenara - que acontecerá, pela primeira vez, no contexto da II Feira Medieval
de Palmela (a decorrer entre 25 e 27 de setembro), e que recria o episódio em que,
durante o cerco de Lisboa pelos
castelhanos,
o Condestável D. Nuno Álvares Pereira
acendeu grandes fogueiras no Castelo de Palmela para alertar o Mestre de Avis de
que a ajuda estava próxima – o Presidente afirmou que esta iluminação
cenográfica pode, também, ser vista como uma nova Almenara, sinal de
comunicação com a AML, no âmbito de uma oferta integrada, onde projetos como o
protocolo “Castelos e Fortalezas da Arrábida” ou a Feira Medieval ocupam papel
de destaque.
Certo de que este investimento
terá retorno, Álvaro Amaro desejou que as «gentes de Palmela sintam alegria e
orgulho nesta nova iluminação do seu Castelo» e incitou a população a visitar
mais o monumento e os espaços públicos do concelho, fator determinante para um
território mais seguro, mais vivido e mais valorizado.
A cerimónia inaugural, que
contou com a presença do Presidente da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento regional de Lisboa e Vale do Tejo, João Manuel Pereira Teixeira, terminou com um brinde com Moscatel
de Setúbal, junto à Casa-Mãe da Rota de Vinhos.
Iluminação reforçada com poupança energética
O Município de Palmela
está empenhado no cumprimento das metas do Pacto de Autarcas e procurou soluções
sustentáveis de iluminação para o Castelo. O sistema agora implementado é
programável e utiliza geradores de economia em energia, com baixos custos de
manutenção, perspetivando-se uma poupança energética entre os 70 e os 80 por
cento.
O projeto evidencia o
conjunto de elementos arquitetónicos do Castelo, monumento nacional e antiga
sede da Ordem de Santiago em Portugal até à sua extinção. Foram criados dois
”anéis” de luz com diferentes tonalidades de branco: o primeiro, mais suave,
que faz a transição entre a iluminação pública da vila e o Castelo, e o
segundo, com uma luz mais intensa, que destaca a muralha do século XV e XVI.
A iluminação cenográfica
do Castelo de Palmela representa um investimento superior a 320 mil euros, cofinanciado
pelo QREN (PORLISBOA, medida de Reabilitação Urbana), em regime de overbooking,
no limite máximo de 92 mil euros.