As cidadãs e os cidadãos eleitas/os para a Assembleia
Municipal e para a Câmara Municipal de Palmela deram início ao mandato
2017-2021 com a cerimónia oficial de Tomada de Posse, realizada no dia 19 de
outubro, no Cine-teatro S. João, em Palmela. A sala encheu para assistir a este
momento solene, que se iniciou com um minuto de silêncio pelas vítimas dos
fogos que lavraram em Portugal, no passado fim de semana, e prosseguiu com a
atuação do Ensemble de Saxofones do Conservatório Regional de Palmela –
Sociedade Filarmónica Humanitária.
Um dos momentos mais emotivos da noite foi a homenagem
às/aos eleitas/os dos dois órgãos que cessaram funções, como reconhecimento do
seu trabalho e do empenho com que se dedicaram à vida das suas comunidades e do
seu concelho.
No seu discurso, depois de ter dado formalmente posse aos novos
elementos da Assembleia e da Câmara Municipal, Ana Teresa Vicente sublinhou a
dificuldade da «missão de todos os eleitos», de cujo trabalho «dependerá a
continuação do crescimento dos indicadores de qualidade de vida que têm
caracterizado o concelho de Palmela», realçando, também, o papel determinante
no envolvimento das populações e das instituições.
A propósito do atual cenário
político no concelho, Ana Teresa Vicente lembrou que «todos estamos convocados
para o exercício de um mandato que (…) deve saber integrar o pluralismo das
opiniões, visando sempre o legítimo funcionamento dos órgãos e, sobretudo, o
exercício com a maior dignidade da missão de serviço público a que nos
vinculamos perante as nossas populações».
Regeneração urbana,
transportes e mobilidade são apostas fortes para o novo mandato
A conclusão dos investimentos em curso – caso da ampliação e
requalificação das escolas básicas de Águas de Moura, Aires, Cabanas e Quinta
do Anjo, da Unidade de Saúde de Pinhal Novo Sul e da consolidação das encostas
do Castelo – e a concretização de um novo conjunto de projetos e ações, no
âmbito de candidaturas a fundos comunitários, vão continuar a marcar este
mandato, dotando cada uma das cinco freguesias de novos equipamentos e
infraestruturas.
No entanto, no seu discurso de Tomada de Posse, o Presidente
da Câmara revelou que este será um novo ciclo, com uma aposta forte «nos
transportes e mobilidade, no reforço da infraestruturação das zonas
periurbanas, na reabilitação urbana, na eficiência energética e
acessibilidades». Aqui, destaque para «um novo impulso no planeamento e gestão
do território», nas suas diversas realidades, desde a defesa e valorização do
mundo rural até «duas grandes Operações de Reabilitação Urbana, no Centro
Histórico de Palmela e na zona sul de Pinhal Novo». O reforço da conservação e
limpeza do espaço público, o investimento nos equipamentos desportivos e na
diversidade da oferta e produção cultural, o apoio ao movimento associativo, a
valorização do património cultural e natural, a dinamização de uma economia
sustentável e a qualificação da oferta turística são mais alguns dos eixos
estratégicos definidos para o mandato que agora se inicia, na sequência do
trabalho que já vinha a ser realizado.
Álvaro Balseiro Amaro lembrou, também, alguns dos principais
desafios que se colocam neste novo ciclo, começando pela descentralização de
competências da administração central, em matérias como a saúde, a educação, a
intervenção social ou a protecção civil – um desafio que o Município de Palmela
não teme, mediante a transferência dos meios financeiros adequados. A
desagregação das freguesias de Marateca e Poceirão, a defesa da gestão pública
da água, do saneamento e dos resíduos e a reivindicação de investimentos
inadiáveis, da responsabilidade do Governo – as tão aguardadas variantes à EN
252 e à EN 379, o reforço de médicos e enfermeiros nos Centros de Saúde e a
construção do Pavilhão Desportivo da Escola Secundária de Palmela (está
agendada nova reunião com a Secretária de Estado da Educação para novembro) –
são reivindicações que o Município continuará a fazer junto de Governo.
O Presidente dedicou, ainda, uma palavra às equipas
municipais, reconhecendo as dificuldades que se colocaram nos últimos anos, e
sublinhando o seu papel insubstituível na organização e na comunidade.
O envolvimento de todas/os – populações, movimento
associativo, instituições, empresas – na vida local, no debate e nas decisões
tem contribuído para a qualificação das opções e fazem do concelho de Palmela,
um verdadeiro «território de participação e parcerias», que o Município
pretende continuar a nutrir e aprofundar nos próximos quatro anos.