O Cineteatro
S. João, em Palmela, foi, ontem, palco do Seminário “Turismo de Natureza:
Qualificação, Inovação, Desenvolvimento”, numa organização da Câmara Municipal. Muito bem recebido, a nível regional e nacional, pela qualidade dos
oradores e pelo grande interesse da temática - que, só agora, começa a estar em destaque no panorama turístico do nosso país – o evento registou mais de quatro
centenas de inscrições, lotando a sala palmelense com uma plateia especializada
e atenta. Com a presença de várias entidades com competências nesta matéria -
destaque para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o Turismo
de Portugal e a Entidade Regional de Turismo de Lisboa – bem como académicos,
agentes locais e empresários, que lançaram pistas para o desenvolvimento
sustentável e competitivo deste setor, o Seminário constituiu-se como espaço
privilegiado de partilha de informação e de apresentação de práticas inovadoras
e inspiradoras. Paralelamente ao Seminário, houve lugar a uma mostra de ideias,
projetos e produtos e a várias reuniões entre as entidades participantes, que
procuraram criar sinergias e alargar redes de trabalho.
Arrábida é
centralidade turística da região
A Entidade Regional de
Turismo de Lisboa está a finalizar a construção do novo plano estratégico para
o setor, que irá guiar a região nos próximos cinco anos. Vitor Costa,
Presidente da ERTL, revelou o novo conceito de desenvolvimento que está a ser
considerado para a região, que é já, «diferenciadora» e muito completa, no
contexto nacional. Esse conceito assenta no relacionamento da cidade de Lisboa,
enquanto âncora, com os ativos presentes na região. Para isso, foram
identificadas as cinco centralidades turísticas regionais – Lisboa, Cascais,
Sintra, Arco do Tejo e Arrábida – que se pretende unir através de roteiros que
potenciem experiências intercentralidade.
A Arrábida esteve,
aliás, em destaque ao longo de todo o programa do Seminário, com vários
especialistas e empresas a apresentarem dados e projetos que atestam o potencial
imenso deste bem comum para a prática de turismo de natureza, conjugando
usufruto e preservação.
Na sessão de encerramento, o Vereador Luís Miguel Calha
lembrou os vários acordos de cooperação estabelecidos, recentemente, por
Palmela com diversas entidades para intercâmbios de partilha e promoção – onde se
destaca o protocolo com as Câmaras Municipais de Sesimbra e de Setúbal, para
desenvolvimento do produto turístico “Castelos e Fortalezas da Arrábida” - e sublinhou
a intenção do Município de «posicionar Palmela como destino de turismo de
natureza», através de uma estratégia conjunta, sólida e «alicerçada nos valores
endógenos» do território, que do Parque Natural da Arrábida à Reserva Natural
do Estuário do Sado, passando pela paisagem deslumbrante e pelas vastas áreas
de RAN e REN, tem muitos recursos e beleza para oferecer.