O Mercado de Quinta do
Anjo viveu uma noite diferente a 8 de julho. A população da aldeia respondeu afirmativamente
ao desafio do Município e participou num encontro para apresentação e debate das propostas
de revitalização e refuncionalização daquele espaço central. As propostas foram
recolhidas entre os dias 25 de abril e 25 de maio, na sequência do compromisso
assumido na reunião “Orçamento Participativo 2015” realizada em
Quinta do Anjo, e que resultou no processo participativo “Mercado de Quinta do Anjo
– Que futuro?”.
Foram recebidas quatro
propostas distintas, mas que têm em comum a ideia de espaço vivido por toda a
população, com tónica na intergeracionalidade. Vasco Caleira e Lídia Ferreira
apresentaram o projeto “Sementes nas
mentes”, um «mercado de aprendizagens», que parte da conjugação de pessoas
com diferentes experiências para a criação de ateliês de partilha de
conhecimentos para valorização e ocupação dos tempos livres das diferentes
gerações. Acresce a vertente de acompanhamento psicossocial e dinamização
comunitária.
Um espaço multifunções é a proposta de Miguel Martinho, que gostaria
de ver o Mercado transformado num centro de cultura, com cinema, formação,
exposições de pintura, escultura e artesanato, entre outras atividades.
Para Rui Torres, o Mercado
de Quinta do Anjo pode constituir-se como um espaço multiusos, onde os seniores da aldeia possam reunir-se e
ocupar os seus tempos livres. O desporto também poderia estar presente, favorecendo a
partilha intergeracional.
António Nunes da Costa
defendeu a criação de um “Centro de Promoção e Divulgação de Produtos Regionais
de Palmela”, que una os produtores, atraia visitantes e favoreça a realização
de eventos periódicos de divulgação da produção local.
Os quatro projetos foram
amplamente discutidos pela população, que introduziu novas ideias e deixou a
certeza do potencial do espaço. No encerramento, o Presidente da Câmara Municipal
de Palmela assumiu o desenvolvimento, internamente, de uma proposta de
conciliação dos projetos, convidando os proponentes a acompanhar a sua
evolução, para apresentação pública em setembro, a par do modelo de gestão. É possível que a proposta possa coexistir com a manutenção de algumas bancas de venda, transformando o Mercado num espaço âncora, capaz de atrair novas atividades e utilizadores.