sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Município de Palmela entregou pacote de candidaturas a fundos comunitários


Até final de outubro, o Município de Palmela encerrou um primeiro ciclo de candidaturas a fundos comunitários, no âmbito do Portugal 2020, e está confiante no sucesso do financiamento para estes projetos, que incidem, particularmente, nas áreas da educação, do património, do turismo, da mobilidade e do espaço público, e que se revestem de grande importância para o desenvolvimento sustentável do território. Estas candidaturas, no valor global de 5.714.499,07 euros, incidem em todas as freguesias, de forma equilibrada, e só são possíveis no contexto de equilíbrio financeiro do Município. A capacidade para apresentar candidaturas e assumir os encargos decorrentes, bem como assegurar o remanescente, é fruto de uma gestão criteriosa e das opções estratégicas da Câmara que, desde o arranque do Portugal 2020, se preparou para aproveitar, da melhor forma, as oportunidade de financiamento disponíveis, em prol das necessidades do concelho e das suas populações.

A ampliação e beneficiação do parque escolar do concelho é uma das prioridades patentes no Orçamento 2017 e Grandes Opções do Plano 2017-2020, aprovados pela Câmara Municipal. Neste âmbito, foram submetidas candidaturas para a ampliação e requalificação de quatro escolas básicas, obras inscritas no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa (através da Prioridade de Investimento 10.5 – Investimento no Ensino, na formação, na formação profissional e nas competências e na aprendizagem ao longo da vida através do desenvolvimento das infraestruturas de formação e ensino – do Eixo 7 do Programa Operacional Regional Lisboa 2020 - cofinanciamento em 50% pelo FEDER). EB Aires (500.000 euros), EB Águas de Moura 1 (684.150 euros), EB António Matos Fortuna, de Quinta do Anjo (689.500 euros) e EB Cabanas (430.421,30 euros) são as escolas a intervencionar. Aumentar a oferta de 1.º ciclo do ensino básico, melhorar os padrões de qualidade e conforto e promover a eficiência energética são alguns dos objetivos que norteiam os projetos de intervenção nestes estabelecimentos de ensino.

A operação “PRARRÁBIDA – Espaços de lazer e bem-estar” (investimento global elegível de 50.000 euros) prevê a criação de um percurso através da Serra do Louro, em pleno Parque Natural da Arrábida, que associa estruturas para interpretação, descoberta e contemplação de um território com valores naturais e culturais de grande importância, criando ou consolidando espaços de lazer para turismo sustentável. O Parque de Merendas de S. Gonçalo marca o início deste percurso, que incluirá os Moinhos da Serra do Louro e os sítios arqueológicos de Chibanes, do povoado muçulmano do Alto da Queimada e das Grutas Artificiais de Quinta do Anjo. Os dois últimos sítios são alvo de uma segunda candidatura, intitulada “PRARRÁBIDA – Valorização de sítios arqueológicos”, que apresenta o investimento global elegível de 80.000 euros e pretende musealizar estes espaços, dotando-os de melhor acessibilidade e de informação que permita uma leitura mais abrangente. Ambas as operações estão inscritas no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa (candidatura através da Prioridade de Investimento 6.3 – Conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural – do Eixo 4 do Programa Operacional Regional Lisboa 2020 - cofinanciamento em 50% pelo FEDER).

Outras intervenções estão, já, em curso, como é o caso da “Intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas encostas do Castelo de Palmela” (Prioridade de Investimento 5.2 – Apoio ao Investimento para abordar riscos específicos, assegurar a capacidade de resistência às catástrofes e desenvolver sistemas de catástrofes – do Eixo Prioritário 2 do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos). A candidatura foi submetida em janeiro e tem um investimento global elegível de 2.800.000 euros, cofinanciado em 85% pelo Fundo de Coesão. Os restantes 15% serão assumidos pela Direção Geral do Tesouro e Finanças, entidade proprietária do Castelo. Entretanto, o Município investiu, já, largas dezenas de milhares de euros em sondagens e produção de cartografia, estando o projeto, de grande complexidade, em elaboração com o envolvimento do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Também a operação “ALMENARA – Palmela” já está em curso, através de uma parceria entre o Município de Palmela e a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.M. (EGEAC), com o apoio do Município de Lisboa. O projeto assenta numa estratégia comum para diferenciação e diversificação da oferta turística, com base na História e Património da região e num programa cultural partilhado pelos Castelos de Palmela e de S. Jorge, em Lisboa. “Ritual ALMENARA (a evocação histórica)”, “ALMENARA Descobre (Conhecer para valorizar) e “ALMENARA Comunicação” são os três eixos da operação, com investimento global elegível de 308.390,16 euros, cofinanciado em 50% pelo FEDER (Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa - candidatada através da Prioridade de Investimento 6.3 – Conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural – do Eixo 4 do Programa Operacional Regional Lisboa 2020).

Sublinhe-se, ainda, a “Ligação Intermodal Pinhal Novo”, a decorrer na zona sul da vila, junto à Estação Ferroviária, com objetivos de promoção da intermodalidade e criação de condições de apoio à rede ciclável local que permitam a adoção de formas de mobilidade amigas do ambiente, contribuindo, também, para a requalificação de espaços degradados. Relacionada com outros projetos, a candidatar pelo Município, nomeadamente, o “CICLOP 7 – Rede Ciclável da Península de Setúbal – Concelho de Palmela” e a “Ligação do Largo adjacente à Rua Infante D. Henrique (antigo Largo da Mitra) à zona central de Pinhal Novo”, esta operação representa um investimento elegível de 172.037,61 euros, cofinanciado em 50% pelo FEDER (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano – Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável - candidatada através da Prioridade de Investimento 4.5 – Promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal e medidas de adaptação relevantes para a atenuação – do Eixo 8 do Programa Operacional Regional Lisboa 2020).

                É intenção do Município concluir e apresentar, ainda, até ao final do ano, um novo pacote de candidaturas.