A Câmara Municipal de Palmela
inaugurou ontem, dia 8 de dezembro, o “Espaço Cidadão – Serviço de Apoio à
Comunidade”. Localizado no coração do Centro
Histórico de Palmela, junto ao Mercado Municipal, o Espaço Cidadão já
está de portas abertas e acolhe todos os serviços públicos prestados pela Junta
de Freguesia de Palmela e serviços de proximidade, como o apoio jurídico,
dinamização de atividades culturais e educativas, abertas às instituições
locais, ao movimento associativo e à população em geral.
Depois do descerramento da placa, e perante uma vasta audiência, que fez questão de conhecer de perto este novo equipamento, a Junta e o Município celebraram o Contrato de Comodato, que formaliza a cedência de instalações para o funcionamento dos serviços desta autarquia. Fernando Baião, Presidente da Junta, está confiante de que a sua equipa contará, a partir de agora, com melhores condições de trabalho e de que este será um espaço vivo, dinâmico e de afetos, no coração do Centro Histórico, contribuindo para a coesão social. Na sua opinião, a evolução deste núcleo mais antigo está a ser positiva, com mais negócios, mais turismo e o sentimento de que as pessoas acreditam em Palmela.
Álvaro Balseiro Amaro, Presidente do
Município, considerou a conclusão do Espaço Cidadão «um marco importante na
requalificação do Centro Histórico da vila», encerrando uma etapa da
reabilitação, «no âmbito de um investimento mais vasto que temos consolidado e
que terá, em breve, novas fases».
A cerimónia contou com momentos de
animação, a cargo dos jovens músicos da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”
e do Conservatório Regional de Música de Palmela da Sociedade Filarmónica
Humanitária, bem como do Grupo Coral “Ausentes do Alentejo”.
Continua
o investimento no Centro Histórico
No Orçamento para 2016 e nas Grandes Opções do
Plano, estão incluídas obras «importantes para o quotidiano das pessoas, mas
também, para tornar Palmela ainda mais bonita», sublinhou o Presidente do
Município. São exemplo a requalificação e iluminação do Jardim Joaquim José de
Carvalho, a remodelação de infraestruturas e pavimento da Rua Serpa Pinto, a
requalificação do Largo do Chafariz D. Maria I e da Alameda 25 de Abril e a
reabilitação de edifícios de grande interesse patrimonial, como o Salão Nobre
dos Paços do Concelho e a Igreja de S. João, esta última, em parceria com a
diocese de Setúbal.
O Presidente aproveitou a ocasião para
recordar medidas de incentivo que têm sido desenvolvidas e que têm conseguido
atrair empreendedores, imprimindo uma nova dinâmica no Centro Histórico, e
desafiou os proprietários e investidores privados a continuarem a participar «neste
esforço coletivo de recuperação de imóveis, investimento no comércio e serviços
de proximidade», para que esta possa ser, cada vez mais, «a nossa sala de
visitas».
Um
edifício com muitos séculos de história para contar
Além dos serviços a prestar, a própria
recuperação deste conjunto edificado vem contribuir, fortemente, para a valorização
e qualificação do Centro Histórico, como atestaram a arqueóloga Michele Santos e a antropóloga Teresa Sampaio, técnicas do Município que têm desenvolvido trabalho de invetsigação sobre o espaço e dinamizaram as visitas guiadas.
Testemunha de cerca de sete séculos de ocupação humana, por diversas culturas, este edifício municipal exibe elementos arquitetónicos de grande valor para perceber a vivência deste núcleo mais antigo da vila. Muitos destes elementos e das várias centenas de vestígios arqueológicos recolhidos estão, ainda, em estudo e investigação, mas esta parece tratar-se, para já, da habitação de um cristão novo - possivelmente, um judeu convertido - situada no termo da vila, que se estendia desde o Castelo e o arrabalde. Coloca-se, até, a hipótese de ter sido utilizada, em tempos, como lugar de culto ou mesmo, sinagoga.
De grande importância são, também, os elementos relacionados com a captação e distribuição de água nesta zona, que se encontram musealizados e podem ser visitados no logradouro. Desde a porta original, rasgada na parede virada para o Mercado Municipal, até às múltiplas molduras de janelas e arcos embutidos nas paredes interiores e exteriores, o projeto, da autoria do arquiteto palmelense Sérgio Camolas, procurou preservar e exibir estes elementos, que nos falam da história do edifício e dos vários usos que teve, ao longo dos tempos.
Testemunha de cerca de sete séculos de ocupação humana, por diversas culturas, este edifício municipal exibe elementos arquitetónicos de grande valor para perceber a vivência deste núcleo mais antigo da vila. Muitos destes elementos e das várias centenas de vestígios arqueológicos recolhidos estão, ainda, em estudo e investigação, mas esta parece tratar-se, para já, da habitação de um cristão novo - possivelmente, um judeu convertido - situada no termo da vila, que se estendia desde o Castelo e o arrabalde. Coloca-se, até, a hipótese de ter sido utilizada, em tempos, como lugar de culto ou mesmo, sinagoga.
De grande importância são, também, os elementos relacionados com a captação e distribuição de água nesta zona, que se encontram musealizados e podem ser visitados no logradouro. Desde a porta original, rasgada na parede virada para o Mercado Municipal, até às múltiplas molduras de janelas e arcos embutidos nas paredes interiores e exteriores, o projeto, da autoria do arquiteto palmelense Sérgio Camolas, procurou preservar e exibir estes elementos, que nos falam da história do edifício e dos vários usos que teve, ao longo dos tempos.
No interior, encontra-se uma exposição
permanente de espólio arqueológico recuperado e a primeira das exposições
temporárias a realizar sobre atividades tradicionais do Centro Histórico, desta
feita, dedicada à relojoaria e elaborada em parceria com o Sr. Altino
Bernardes.