Um ano depois da suspensão do atendimento social descentralizado no concelho de
Palmela, sem aviso prévio por parte do Centro Distrital de Setúbal do Instituto
de Segurança Social, o Município voltou a exigir a reposição e o reforço deste
serviço de proximidade, essencial num território caracterizado pela sua
extensão e dispersão urbana e com graves limitações ao nível do transporte
público.
O balanço deste período é
claramente negativo, assistindo-se a um número crescente de situações de
fragilidade social, com muitos cidadãos idosos, desempregados ou doentes a
desesperarem face às dificuldades de acesso aos parcos apoios a que poderiam
ter direito e a verem agravada a sua situação, por não conseguirem deslocar-se
à sede do Centro Distrital, em Setúbal. Cortou-se, assim, um trabalho de duas
décadas no apoio e acompanhamento das famílias, com resultados de sucesso.
O Município insiste na
urgência de retomar o trabalho descentralizado junto das populações mais
carenciadas, em condições de igualdade e celeridade, lembrando que a Rede
Social de Palmela está a dar o máximo para não abandonar os cidadãos, mas que
existem competências próprias da Segurança Social, que devem ser assumidas
rapidamente e em prol do bem-estar das pessoas.
A moção foi aprovada pela maioria do executivo municipal, com a abstenção
do vereador da Coligação Palmela Mais (PSD-CDS/PP).