terça-feira, 22 de setembro de 2015

Palmela disponível para apoio a refugiados


O Município de Palmela está disponível para participar no esforço nacional de apoio, acolhimento e integração de refugiados, honrando o espírito de solidariedade e humanismo da população do concelho e no respeito pelo inalienável direito à vida e à dignidade, consagrados na Carta das Nações Unidas.
Apesar do drama humanitário de centenas de milhares de famílias, a União Europeia adiou, uma vez mais, agora para 8 de outubro, um acordo entre os Estados-membros para o acolhimento dos refugiados e distribuição de recursos a atribuir às estruturas de apoio, de forma a acelerar o processo de auxílio e integração que a aproximação do inverno torna cada dia mais urgente.
A intervenção organizada do Estado, com níveis de responsabilidade e ação consentâneos com as atribuições e competências de cada uma das partes, garantindo o acolhimento em condições de salvaguarda dos seus direitos mais elementares – saúde, educação, habitação e trabalho – serão a garantia da uma desejável integração plena. Neste contexto, o Município concertará, através da Associação Nacional de Municípios, a sua participação com outros municípios e a relação com as autoridades nacionais com responsabilidade neste domínio.
Apesar de não haver ainda previsão da data de chegada ao território nacional, estão já em curso no concelho diversas ações da sociedade civil, em consonância com instituições empenhadas no auxílio aos refugiados, designadamente o Conselho Português para os Refugiados, a Fundação Islâmica de Palmela e a Cáritas Diocesana, que integram a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR).
Várias instituições têm solicitado espaços de acolhimento e apoio logístico, designadamente, o Conselho Português para os Refugiados e a Fundação Islâmica de Palmela, tendo esta última apresentado um plano de intervenção, a desenvolver pela comunidade islâmica portuguesa, para acolhimento, formação e integração profissional de refugiados, num espaço específico. A Câmara Municipal tem defendido um modelo de acolhimento que evite o isolamento das comunidades de refugiados e é nesse sentido que está disponível para participar em soluções que promovam uma efetiva integração social.
O acolhimento de refugiados e imigrantes em território nacional e, em particular, no concelho de Palmela, constituem bons exemplos da capacidade de integração e de mobilização das populações para o auxílio à construção de uma vida nova, com a paz e tranquilidade que todos os cidadãos merecem. Num universo de 63 mil habitantes, o concelho de Palmela tinha, em 2013, 2069 cidadãos estrangeiros, que têm contribuído para uma vivência intercultural, enriquecedora do desenvolvimento do concelho.