A afirmação de Palmela enquanto destino privilegiado de turismo cultural,
assente em parcerias sólidas e na valorização da nossa identidade e património,
é uma das principais linhas mestras da estratégia em curso para o setor, no
concelho. A afirmação foi feita pelo Vereador Luís Miguel Calha, responsável
pela área na Câmara de Palmela, durante a sessão de encerramento do Fórum
Turismo Cultural, que decorreu no Cine-Teatro S. João, a 12 de novembro.
Ao
longo de todo o dia, e com sala cheia de profissionais e estudantes,
provenientes de todo o país, este Fórum proporcionou a apresentação de
reflexões teóricas e de casos práticos de sucesso, que resultaram num debate
profícuo e na apresentação de várias linhas de futuro para o desenvolvimento e
qualificação do turismo no país e na região. O turismo cultural e de natureza
são as vertentes que apresentam, atualmente, o crescimento mais rápido e que, a
par da gastronomia e vinhos e da simpatia, constituem os principais fatores de
satisfação junto dos turistas.
Do Touring Cultural e Paisagístico no Alentejo, pela Spira, à Rede de Castelos e Muralhas do Mondego, passando pela Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, foram muitas as experiências enriquecedoras abordadas na sessão e partilhadas por quem, de norte a sul do país, tem apostado nos recursos culturais e patrimoniais para a estruturação de produtos turísticos sustentáveis.
Nuno Fazenda, do Turismo de Portugal, marcou presença no encontro e lembrou que o Turismo representa, atualmente, 10 mil milhões de euros, que se traduzem em 14,8% da exportação de bens e serviços, o que a classifica como a maior atividade exportadora do país. A região de LIsboa, onde nos inserimos, é a segunda maior região turística, colocando-se, ainda, vários desafios à Península de Setúbal para alcançar os níveis de visita registados a norte da região, contando, para isso, com «excecionais atributos, como os parques naturais, a gastronomia e vinhos e o património cultural».
Vitor Costa, Presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL), começou por sublinhar o trabalho que o Município de Palmela tem desenvolvido, quer no âmbito da reflexão sobre o tema, quer na divulgação da região e qualificação da sua oferta. Palmela teve, nos cinco últimos anos, os melhores de sempre, e recursos como o Castelo e o Centro Histórico - com novas propostas de turismo de habitação - o Queijo de Azeitão, a Rota de Vinhos, o Parque Natural da Arrábida e o segmento do turismo equestre, que está a despontar, constituem uma base sólida para continuar a alavancar o desenvolvimento turístico. A estratégia da ERT-RL, em curso, começa já a dar sinais, com uma melhor distribuição de fluxos turístico dentro da região e maior visibilidade para a centralidade "Arrábida".
O Município quer posicionar Palmela na linha da frente da região de Lisboa, com produtos genuínos e diferenciadores, na sequência de um caminho já iniciado, em parceria com vários agentes locais e regionais, sempre com base na identidade cultural do território e nos seus produtos endógenos. Depois de ser a primeira Cidade do Vinho, em 2009, e a primeira Cidade Europeia do Vinho, em 2012, Palmela tem reforçado o trabalho em equipa através de projetos como a campanha promocional "Palmela Conquista", o programa gastronómico "Palmela - Experiências com Sabor!" ou a parceria "Castelos e Fortalezas da Arrábida", em parceria com os Municípios de Sesimbra e Setúbal e a ADREPES. Além destes, a estratégia de futuro passa pelo programa integrado de desenvolvimento local “Almenara”, já em curso, pelas
ações integradas no programa PRARRÁBIDA, no âmbito do Portugal 2020, pela
Candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera, pela revisão dos programas
municipais da Música, dança e artes, pela atualização do programa Museológico
Municipal e pela continuação da reabilitação urbana do Centro Histórico.