O
ciclo de trabalho descentralizado que o município promove em cada uma das freguesias
do concelho teve início, este ano, com Marateca, uma das freguesias
marcadamente rurais. A vinha e o vinho, o tomate, o sobral e os vastos campos
de arroz que nascem nas margens do Sado são algumas das principais riquezas deste
território, que toca, já, o Alentejo.
A forma de trabalhar do Executivo assenta numa gestão
participada e partilhada com todas e todos, desde os agentes económicos,
culturais e sociais, à população em geral, e além dos atendimentos
descentralizados e dos canais que, diariamente, estão abertos para receber
contributos e ouvir problemas, são muitos e
variados os projetos que envolvem as comunidades na vida do seu concelho, da
sua freguesia, do seu bairro. As pioneiras “Semanas das Freguesias” do
Município de Palmela trilham o seu caminho há mais de uma década e são uma peça
indispensável nesta forma de entender e fazer política: no terreno, com as
pessoas, com as instituições, recolhendo informação, perspetivando soluções,
prestando contas.
A semana iniciou com a realização de uma reunião entre os executivos municipal e de
freguesia, onde se fez um ponto de situação sobre projetos e intervenções em
curso. Entre outros assuntos, foram analisadas questões relativas a investimentos em infraestruturas de
saneamento, abastecimento de água e rede viária, designadamente, a
continuação do calcetamento das bermas em Cajados e reforço da sinalização
horizontal, definição da primeira fase da rede em baixa do saneamento em
Cajados, a conclusão das infraestruturas e pavimentação na Rua José dos Santos,
no Bairro Margaça, assim como o projeto de asfaltamento da segunda fase da Rua
9 de Março, numa zona de Vale da Abrunheira.
Discutiu-se
também a necessidade de reforço da limpeza urbana, na recolha de monos e
verdes, e foi apresentado o conjunto de intervenções que serão objeto de
candidaturas a fundos comunitários, no âmbito do Portugal 2020. Foi, ainda,
feita a avaliação dos protocolos de delegação de competências e dos níveis de
serviço disponibilizados pela Loja Móvel do Cidadão na freguesia.
Mais
acessibilidade em Águas de Moura
A
promoção da acessibilidade em todo o concelho tem sido um dos objetivos
prioritários do Município, em termos de ordenamento urbano. As visitas
realizadas durante a manhã de quarta-feira, dia 16, com a comunicação social, tiveram
início com um passeio a pé pela Avenida da Liberdade, em Águas de Moura, para
verificar as obras, já em curso e analisar outras previstas.
Este
é um projeto que a autarquia pretende disseminar por todo o território do concelho e, depois
de Pinhal Novo e da aldeia de Poceirão, comprometeu-se a
intervencionar, também, o centro de Águas de Moura, uma área mais movimentada, que
apresenta vários desafios nesta matéria, nomeadamente, passeios estreitos, que
não podem, para já, ser alargados, sob pena de acabar com o estacionamento.
Assim,
nesta fase, aposta-se no rebaixamento das zonas de acesso a passadeiras e
transição de ruas, na repintura de passadeiras, bem como no ordenamento do
estacionamento, com a criação de lugares próprios para bicicletas e
ciclomotores e, junto aos serviços da União de Freguesias, de uma zona de
estacionamento tipificada para pessoas de mobilidade condicionada e idosos.
Estas
obras garantem melhor qualidade de vida para as pessoas com mobilidade
condicionada e valorizam, no imediato, esta avenida. Trata-se, no entanto, de
um projeto inicial, que terá maior abrangência em 2017 e que está a ser objeto
de uma candidatura ao FEDER, com o objetivo de requalificar a baixa e zona
comercial de Águas de Moura, ligando-a, também, às novas urbanizações e à zona
do Quartel dos Bombeiros.
Apresentado
projeto para ampliação da EB Águas de Moura
Depois
das acessibilidades, as atenções viraram-se para a comunidade educativa, com uma visita à escola básica de Águas de Moura para
apresentar, à direção da Escola e ao Agrupamento, o estudo prévio relativo à ampliação e remodelação deste estabelecimento
de ensino. Trata-se de uma ambição da comunidade, que o Município tem
acompanhado com muita atenção, e procedeu já, esta semana, ao lançamento do
concurso para o projeto.
O
estudo prévio aponta para a qualificação dos espaços exteriores e do edifício
antigo, dotando-o de maior conforto, segurança e condições para corresponder às
exigências das práticas educativas mais atuais. Será, também, construído um
novo bloco, que terá uma área de gestão com sala de professores e de
atendimento, sala polivalente/refeitório e sanitários diferenciados, além de
uma zona de recreio coberta.
A
acessibilidade e a eficiência energética são duas das preocupações do Município
relativamente a este projeto, existindo um conjunto de candidaturas para
apoio à eficiência energética que vão abranger todas as escolas do concelho. Prevê-se
que a obra esteja no terreno no início de 2017.
Entretanto,
a beneficiação no logradouro, com criação de um campo de jogos – compromisso
assumido com as crianças, no âmbito do projeto “Poder Local: Eu conheço! Eu
participo!” – já teve início e será concluído nas Férias da Páscoa. A obra
contempla a pintura do campo de jogos, a instalação de uma rede de proteção e a
colocação de balizas de futsal.
Sobreiro
Grande vai ter área de proteção e interpretação
A
comitiva visitou, de seguida, o Sobreiro
Grande de Águas de Moura – para uns, “o casamenteiro”, para outros, o
“assobiador” – uma árvore com 206 anos e mais de 16 metros de altura, que é
reconhecida, internacionalmente, como o sobreiro mais antigo e mais produtivo
do mundo, produzindo cortiça suficiente para o fabrico de 100 mil rolhas.
Empenhado
na valorização deste espécime, o Município assumiu, como compromisso de
mandato, a reabilitação paisagística da sua envolvente e apresentou, na
quarta-feira, dia 16, um primeiro estudo para a “Zona de Contemplação e
Interpretação do Sobreiro de Águas de Moura”. Pretende-se, assim, dar a dignidade e
a visibilidade, aos níveis ambiental, patrimonial e turístico, que merece e,
também, protegê-lo de utilizações abusivas.
O
projeto inclui um passadiço que encaminhará os visitantes pelo espaço, zona de
estar, informação interpretativa e a instalação de um ginásio de fitness junto ao Espaço de Jogo e
Recreio já existente. É, também, parte integrante do projeto um conjunto de
sinalética, quer direcional, quer para promoção turística na EN10 desta atração
turística, que conduz muitos visitantes até Águas de Moura.
O
estudo já foi entregue ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF), que acolheu de forma muito positiva a atenção do Município para com
este sobreiro. Depois do parecer do ICNF, conclui-se o estudo e o concurso avançará, para concretizar esta intervenção o mais rapidamente possível.
Adega
Casal Freitas perpetua herança familiar
A
manhã de visitas à freguesia, no dia 16, terminou na Adega
Casal Freitas, em Fernando Pó. De José Bento da Silva Freitas, com 93 anos
de idade, esta casa é, atualmente, gerida pela filha, Maria Amália Freitas, e
contribui para a fama da localidade enquanto aldeia vinhateira.
Trata-se
de uma empresa pequena, de cariz familiar, que dá emprego permanente a seis
pessoas. São produzidos, anualmente, entre 500 mil a 700 mil litros de vinho,
especialmente para o mercado nacional, com alguma exportação para a Bélgica.
A
gestora tem investido na modernização da produção e na eficiência energética e
mostrou-se satisfeita com o caminho que tem sido trilhado, apesar de sublinhar
que é impossível competir com os preços praticados pelas empresas de grande
dimensão. Assim, a aposta maior tem sido na qualidade, utilizando apenas
produtos de topo de gama, e são os bag-in-box
que registam maior procura, quer por parte dos privados, quer ao nível da
restauração. A empresa tem pouca vinha própria e compra a matéria-prima aos
pequenos produtores locais.
Nos
tintos, o destaque vai para as castas Castelão (Periquita), Syrah, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, e nos brancos, para
Fernão Pires, Arinto e Chardonnay. É,
ainda, produzido vinho Rosé.
Com um acolhimento caloroso, esta família guiou visita através da unidade de
produção, desde a receção das uvas à embalagem e expedição, terminando na sala
de provas, onde recebe, com assiduidade crescente, clientes e turistas
nacionais e estrangeiros.
Entreposto
LIDL de Marateca abastece zona sul do país
Na
quarta-feira à tarde, os Executivos Municipal e da Junta, técnicas e técnicos
municipais e a comunicação social tiveram oportunidade de visitar o entreposto LIDL, em Marateca – um dos
cinco que a multinacional alemã detém em território nacional.
Com
uma extensão de 33 mil metros quadrados de área coberta e a operar desde o ano
2000, este armazém de distribuição abastece toda a zona sul do país, do rio
Tejo ao Algarve, recebendo, diariamente, mais de cem camiões. Durante a visita,
foi possível aprender bastante sobre logística e conhecer a tecnologia mais
atual ao serviço deste setor, em que a empresa tem feito uma enorme aposta,
para garantir a qualidade dos produtos e o abastecimento das lojas, com ganhos
económicos e ambientais.
A
responsabilidade social é uma preocupação transversal na empresa, que apoia,
regularmente, instituições particulares de solidariedade social e associações
de defesa dos animais, e dá prioridade a produções sustentáveis e de comércio
justo. O LIDL tem sido, também, parceiro do Município, no âmbito do “Mecenas de
Palmela”, e já confirmou a sua participação no programa, este ano, contribuindo
para a prossecução de vários projetos municipais, nomeadamente, nas áreas da
proteção civil e da educação.
Neste
momento, o LIDL tem 400 mil trabalhadores no mundo e é, desde o ano passado, a
maior empresa de distribuição da Europa, encontrando-se em expansão para os
Estados Unidos da América. Este é um momento de crescimento da empresa, que
está a recrutar bastantes funcionários e a aumentar o número de lojas em todo o
mundo. Atualmente, está a desenvolver um programa inovador de formação
internacional, de dois anos, com jovens recém-saídos das universidades.
Teremos,
em breve, obras na loja LIDL de Pinhal Novo, que passará a contar com a imagem mais
recente da marca e instalações mais qualificadas, existentes, no momento, em
apenas três das 241 lojas do país. Também para o entreposto de Marateca estão
previstas obras de beneficiação e, possivelmente, de ampliação, a discutir com
o Município em breve.
União
Social Sol Crescente da Marateca vai ter casa nova
Depois
de, na quarta-feira à noite, no âmbito da reunião pública descentralizada,
realizada no Grupo Desportivo “Leões de Cajados”, ter sido aprovada, de forma
unânime, a celebração de um contrato de comodato com a União Social Sol Crescente da Marateca para cedência da antiga EB
Águas de Moura 2, em Bairro Margaça, onde passará a funcionar o Centro de Dia, dia 17 decorreu uma visita às suas atuais instalações e à creche.
Na
antiga escola – um edifício com mais de 2.500 metros quadrados de área – esta
instituição particular de solidariedade social terá melhores condições para o
desenvolvimento da sua atividade e para apoiar os seus 33 utentes em Centro de
Dia, bem como os 20 que usufruem do Serviço de Apoio Domiciliário.
Constituída
em 1986, esta instituição evidencia a consolidação de laços com a comunidade,
sendo o seu trabalho claramente reconhecido. Tem vindo a estabelecer uma
relação de cooperação com os seus parceiros, designadamente, entidades com
intervenção social e intervém, com elas, no território, visando o bem-estar e a
inclusão. Atualmente, assegura as respostas sociais de creche, pré-escolar,
ATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário. A Associação disponibiliza,
também, 50 refeições diárias, através da Cantina Social, medida que decorre do
Programa de Emergência Social, e continua a assegurar, na época balnear,
semanas de praia às crianças e população sénior da freguesia. A União Social
Sol Crescente apoia, ainda, no âmbito de parcerias estabelecidas com outras
instituições, 140 pessoas com refeições, através do Programa de Apoio Alimentar
do Banco Alimentar contra a Fome da Península de Setúbal.
Na
visita efetuada na quinta-feira, dia 17, técnicos e técnicas municipais e os
Executivos da Câmara Municipal e da União de Freguesias tiveram oportunidade de
registar as preocupações desta IPSS, nomeadamente, a diminuição na procura de
respostas sociais de apoio às pessoas idosas, infância e juventude, a
inexistência de oportunidades de financiamento, a necessidade de salvaguardar a
sustentabilidade da instituição e manutenção dos 26 postos de trabalho.