De acordo com os últimos dados produzidos pelo INE –
Instituto Nacional de Estatística, entre 2015 e 2016, Palmela teve um
crescimento de 22,3% da procura turística, o segundo maior crescimento da
Região de Lisboa ao nível de dormidas em estabelecimentos hoteleiros, de
turismo no espaço rural e de alojamento local. Estes dados vêm confirmar os
números anteriormente divulgados pela ERTL – Entidade Regional de Turismo de
Lisboa, resultado de inquérito junto do setor de alojamento. De 80.099 dormidas
em 2015, o Município subiu para 97.973, atingindo o valor mais elevado de
procura turística, desde 2010. Portugal, Espanha, Alemanha, França e Reino
Unido são os principais mercados que visitam o Concelho.
Integrado na Centralidade Arrábida, Palmela tem
desenvolvido uma estratégia de estímulo à criação de produtos diversificados e
de qualidade, de entre os quais têm ganhado destaque o turismo
histórico-cultural e o turismo de natureza, a par do já consagrado enoturismo,
cuja oferta se tem revestido – na última década – pelo forte investimento dos
agentes do setor, nomeadamente produtores e adegas, na valorização da sua
atividade vínica, cada vez mais integrada com a gastronomia, o artesanato e a
animação turística.
O forte calendário de eventos culturais, desportivos e de
lazer é outro dos fatores apontados para o contínuo crescimento turístico do
Concelho. Iniciativas diversas como a Feira Medieval de Palmela, o Palmela Wine Jazz, o Festival de
Moscatel, o recente Itinerário Turístico das Igrejas e Capelas do Centro Histórico
de Palmela ou o Programa “Palmela, Experiências com Sabor!”, a par de eventos
coorganizados e apoiados pelo Município, em conjunto com associações e
entidades diversas, dos quais se indicam, por exemplo, o Festival Internacional
de Gigantes, o Festival Queijo, Pão e Vinho, a Mostra de Vinhos de Fernando Pó,
o Palmela Run, o Pinhal Novo Night Run e a Granfondo Arrábida, têm contribuído para
a projeção deste território e para o sucessivo aumento da procura, permitindo
reduzir a sazonalidade.
O Município encontra-se, igualmente, a desenvolver vários
projetos estratégicos, objeto de financiamento do Portugal 2020 e que
contribuirão para a sustentabilidade e inovação do turismo local. São exemplo o
Projeto Almenara, cuja parceria com o Município de Lisboa, através da EGEAC –
Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, contribuirá para a
otimização dos fluxos turísticos a partir do castelo de S. Jorge, para o
castelo de Palmela, ou ainda, o mais recente projeto “Serra do Louro Ókubo”,
integrado no Programa de Valorização do Parque Natural da Arrábida
(PRARRÁBIDA), operação que consiste na oferta de um circuito de descoberta e
interpretação da Serra do Louro, criando um ponto de atração e lazer para
visitantes e turistas, tendo por enfoque a beleza paisagística, a fauna, a
flora, a cultura e a arqueologia locais.
Essencial neste processo de desenvolvimento tem sido o
trabalho em rede entre agentes, traduzido na sua capacidade de inovação,
empenho e criatividade, que permite o surgimento de sinergias entre empresas de
animação e operadores turísticos, restauração, alojamento, artesanato, comércio
local e serviços, produtores, movimento associativo, Município e Entidade
Regional de Turismo, procurando levar sempre mais longe o que de melhor existe no
Concelho de Palmela.