segunda-feira, 22 de junho de 2015

Atenções voltadas para o mundo rural na Semana da Marateca

Marateca é lugar de história, de tradição e de lendas, inspiradas, talvez, pela paisagem serena e bucólica, marcada pelo sobral, pelas cegonhas que cruzam os céus e pelos arrozais que nascem nas margens do Sado. É, aliás, em Marateca, que o concelho de Palmela abraça o rio, ao longo de vastas extensões de sapal que integram a Reserva Natural do Estuário do Sado e que enriquecem a fauna e a flora locais.
Com 130 quilómetros quadrados de extensão, Marateca é, desde sempre, ponto de confluência de povos e culturas, que aqui foram encontrando o seu lugar até aos muitos milhares de pessoas que utilizam este nó rodoviário, de grande centralidade.
As raízes rurais estão, também aqui, fortemente vincadas, com destaque para a vitivinicultura, onde as vinhas da freguesia dão origem a alguns dos melhores vinhos do mundo e novos projetos continuam a crescer e a frutificar.
Ao longo desta semana de trabalho descentralizado, o Executivo Municipal auscultou necessidades e problemas, debateu soluções e prestou contas sobre compromissos já assumidos. A saúde continua a estar no topo das preocupações do Município, que pretende levar, para o diálogo com a tutela, dados mais atualizados sobre as diferentes realidades vividas no concelho.
Esta foi uma oportunidade muito rica para, uma vez mais, contatar de perto com quem faz deste território um espaço de desenvolvimento cultural, social e económico, das empresas à comunidade educativa, passando pelas instituições de particulares de solidariedade social e pelo movimento associativo da freguesia.

Coleção de Modelismo é motivo de atração

  

Quem passa pelo Vale da Abrunheira, dificilmente imagina que ali se esconde uma invejável coleção de modelismo, de nível internacional, que, entre vários veículos civis, sublinha a utilização de comboios, navios e aviões enquanto equipamento militar, enquadrando-o no contexto de cenários de guerra perfeitamente identificados e de grande rigor histórico.
            Os executivos municipal e de freguesia e técnicos municipais foram convidados a visitar a coleção, desenvolvida e acarinhada por Carlos Briz, que revelou ter descoberto a paixão pelas miniaturas e pelo modelismo aos dez anos de idade, por influência de um tio materno. Uma paixão que frutificou ao longo das décadas seguintes, traduzindo-se, hoje, numa coleção de vários milhares de peças, com as quais Carlos Briz compõe, também, dioramas de grande qualidade.
A Guerra da Crimeia (primeiro conflito com uso de comboios), a Guerra Civil Americana, a Guerra Franco-Prussiana, a Crise do Sudão, a Guerra dos Boers, a Grande Guerra, a Guerra Civil Russa, a Guerra Civil de Espanha e a II Guerra Mundial são alguns dos principais conflitos retratados nos dioramas construídos por Carlos Briz.
Em colaboração com o autor e proprietário, o Município pretende apresentar este espólio, no concelho, de forma modular e para assinalar eventos e efemérides, permitindo aos diversos públicos e, em particular, à comunidade educativa, contactar com esta forma diferente de viver e aprender História. O material relacionado com comboios e caminhos-de-ferro reveste-se de especial interesse para o concelho de Palmela, já que possibilitará sublinhar e valorizar a tradição ferroviária de Pinhal Novo.

Zambujal alberga o maior viveiro de ostras do país


 As visitas de trabalho de quarta-feira, dia 17, dos Executivos da Câmara e da União de Freguesias de Poceirão e Marateca tiveram início na Ostradamus, empresa concessionária da Aquacultura do Texugo, localizada na Herdade do Zambujal. Recordando-nos que o concelho de Palmela também tem costa e ligação ao rio e ao mar, encontrámos, aqui, o maior viveiro de ostras do país, com 50 hectares de extensão.
A laborar desde 2012, numa área de domínio público marítimo (APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra), onde existiam duas antigas pisciculturas contíguas, a Ostradamus surpreendeu pela positiva – dedica-se à produção de dois tipos de ostra (plana e angulata), através de um sistema flutuante, que replica o meio natural, reduzindo o ciclo de crescimento, fator que constitui uma vantagem competitiva de mercado.
Esta jovem e promissora empresa, com 11 postos de trabalho, está a terminar o seu primeiro ciclo produtivo e atingiu, este ano, as 100 toneladas de produção, escoadas, exclusivamente, para o mercado internacional. 

Centro Comunitário de S. Pedro dá nova vida à Escola de Cajados


 As visitas de quarta-feira de manhã prosseguiram no edifício da antiga escola do 1.º ciclo do Ensino Básico de Cajados, com a assinatura do contrato de comodato entre a Câmara Municipal e a Cáritas Diocesana de Setúbal, para cedência do referido edifício ao Centro Comunitário de S. Pedro.
O contrato de comodato, celebrado por um período de vinte anos, envolve um edifício com a área de 2.200 metros quadrados e o valor patrimonial de 81.160 euros. O Centro Comunitário promoverá, no local, ações de formação destinadas às famílias em situação de vulnerabilidade psicossocial e económica da União de Freguesias de Poceirão e Marateca.
A Cáritas Diocesana de Setúbal desempenha um papel fundamental nas respostas sociais ao território, constituindo, este apoio, um reconhecimento do relevante interesse público da instituição.
Na cerimónia de assinatura do contrato, o Presidente da Cáritas, Eugénio da Fonseca sublinhou «o trabalho desenvolvido, em parceria, ao longo dos anos» e afirmou a vontade de trabalhar «com as forças vivas» da terra.
Para Álvaro Balseiro Amaro «o território merece respostas específicas». O Presidente da Câmara Municipal afirmou a sua convicção de o Município está no caminho certo, ao promover a refuncionalização de edifícios e fez votos de que «o equipamento volte a ter muita vida».
No final, foram apresentadas as obras de adaptação do edifício, que integra, entre outras valências, salas de apoio pedagógico e psicológico, gabinete técnico de coordenação, gabinete de atendimento, cozinha/sala de refeições, sala de formação, sala de atividades lúdicas e biblioteca.

Vinhos da Adega Monte D´Agualva já circulam na Europa


A manhã de dia 17 integrou uma visita à Adega Monte D´Agualva, uma empresa familiar estabelecida há mais de uma década na freguesia de Marateca, na localidade de Bairro Margaça, onde está instalado o centro de vinificação e armazenamento de vinhos.
A Adega Monte D´Agualva foi fundada a 22 de março de 2003, com a designação de Celestina e Gomes, Lda., dando continuidade a um percurso familiar ligado à vitivinicultura. A aposta nas técnicas de viticultura e enologia mais atuais tem permitido a produção de vinhos de qualidade, contando, atualmente, com a produção de vinhos tinto, branco, rosé, licoroso e vinhos tintos regionais, da responsabilidade do enólogo Jaime Quendera.
            Dotada de tecnologia moderna, a adega possui as mais recentes técnicas para produção de vinhos, com cubas de fermentação controlada e linha de engarrafamento, garantindo, deste modo, o controlo de todas as fases do processo e a qualidade do produto final.
Atualmente, a empresa possui 17,5 hectares de vinhas – vinha da adega, vinha do Moinho Novo e vinha da Aroeira, onde são cultivadas diversas castas, nomeadamente, Merlot, Allicante Bouchet, Aragonês, Syrah, Verdelho, Arinto, Fernão Pires, Castelão e Moscatel. Os seus vinhos já circulam no mercado internacional, com destaque para a Alemanha, confirmando a sua aposta na modernização e a vocação da freguesia como terra de vinhos. A obtenção da certificação do Moscatel, apresentado na recente edição da Mostra de Vinhos de Fernando Pó, reforça as boas expetativas para esta adega.

Crianças apresentam propostas para dinamização do Centro Comunitário de Águas de Moura


 Na manhã de sexta-feira, 19 crianças da E.B. de Águas de Moura e da União Social Sol Crescente reuniram no Centro Comunitário de Águas de Moura, para apresentarem as suas ideias e projetos para este equipamento ao executivo municipal. A comunidade educativa respondeu, assim, ao desafio proposto pelo Município, no âmbito do projeto de participação cidadã “Eu Participo!”, e o resultado deixou-nos, uma vez mais, surpreendidos com a grande criatividade e capacidade de intervenção das nossas crianças – o que nos deixa, também, confiantes no futuro que estes pequenos/grandes cidadãos serão capazes de construir.
Este processo, teve início, na Marateca, em abril passado, com uma visita ao equipamento, que gerou um conjunto de propostas coletivas, envolvendo um total de 60 crianças do 1º ciclo e 20 do pré-escolar, apresentadas à Câmara, esta manhã, em assembleia.
A realização de uma semana do desporto ou a criação de uma programação com atividades diversificadas, nas áreas do teatro, dança, cinema, oficinas várias, ludoteca, exposições e canto, especialmente vocacionada para as crianças, são algumas das respostas ao desafio proposto pela Câmara, que garantiu estar em condições de concretizar algumas atividades já no próximo ano letivo.
O projeto “Eu Participo!”, em Águas de Moura terá continuidade, com a criação, entre outras medidas, de uma caixa de reclamações no equipamento e a realização de um conselho de crianças do Centro Comunitário, por sugestão dos participantes.