Nos dias 3, 4 e 5 de julho, a vila de
Pinhal Novo, no concelho de Palmela, é invadida pelos gigantes. O 8.º FIG, Festival Internacional de Gigantes, sai à rua
com muitos espetáculos e animação, da cultura festiva
tradicional, de raiz ibérica, às expressões artísticas contemporâneas,
marcadas pelas fascinantes máquinas e estruturas de grandes dimensões.
O evento foi apresentado à comunicação social no dia 18 de junho, na Sala Ogival da ViniPortugal, em Lisboa, e integrou uma arruada com os gigantones e os bombos do Bardoada - Grupo do Sarrafo pelo Terreiro do Paço, momento de festa e colorido, que atraiu as atenções de muitos turistas, que não resistiram a tirar uma fotografia com os gigantones Mariana e Talau, imagem de marca do FIG.
O Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, sublinhou a aposta da organização no cruzamento da cultura tradicional e contemporânea, resultando num programa artístico de grande qualidade, inclusivo e que vive assente em fortes relações de afetos, emoções e vontades com os parceiros locais. Relações reforçadas pelos representantes das associações - Igor Azougado (Associação Juvenil COI), Pedro Leal (PIA - Projectos de Intervenção Artística), Filipa Santos (Bardoada) e Rui Guerreiro (ATA - Acção Teatral Artimanha) - que recordaram os intercâmbios com grupos nacionais e internacionais que surgiram a partir do FIG, abrindo portas a novos conhecimentos e oportunidades.
Um programa para todos os públicos
Teatro de rua, marionetas,
músicas do mundo, circo, dança, exposições, muitas atividades especialmente
dedicadas ao público infantil, arruadas,
desfiles e a presença indispensável das figuras tradicionais - onde radicam os gigantones, os cabeçudos e os zés
pereiras, sempre acompanhados pelas percussões, pelas gaitas de foles e pelo
fogo – são os principais motivos de atração desta edição do Festival,
que acolhe grupos e artistas de Portugal, Espanha, Alemanha e Israel.
Destaque, entre os participantes, para
o Teatro do Mar, as Marionetas do Porto, Circ Panic, Markeliñe, Sardana,
Adam Read & Fyodor Makarov, La Fontana Formas Animadas, Still Sunday
Pirate, Arsha, Constantino Teixeira, Catarina Requeijo, Pas de Problème,
Associação Tradição Açores e Drac D’Or, entre outros. Numa aposta forte
no incentivo à produção pelos artistas e grupos locais, são incontornáveis as
presenças dos parceiros de organização – Bardoada - o Grupo do Sarrafo, ATA
(Acção Teatral Artimanha), Associação Juvenil COI e PIA (Projetos de
Intervenção Artística) - mas também do Teatro O Bando, da DançArte/Passos e
Compassos, do Manuel Amarelo, do Teatro Sem Dono, das Avozinhas e da Associação
FIAR, da Leónia de Oliveira e da Batalha do Modesto Camelo Amarelo.
Integrado no programa, o já habitual
Encontro sobre Cultura Popular convida, este ano, um grupo de gaiteiras para
uma conversa onde se pretende aprofundar o tema e troar experiências e
apresenta, publicamente, a maleta pedagógica “Gaita-de-Foles” – um novo recurso
que estará à disposição do Museu Municipal e da comunidade educativa do
concelho, para divulgar e valorizar este instrumento musical e a sua
importância na tradição musical portuguesa.
Os indispensáveis espaços de
gastronomia, com os excelentes sabores regionais, completam três dias de
celebração e convívio para todos, num evento que se orgulha de ser acessível e
de ostentar, também, o selo de qualidade EFFE 2015/2016, que o identifica como
parte integrante da plataforma “Europe for Festivals, Festivals for Europe”,
criada pela Associação de Festivais Europeus, que inclui 761 festivais de 31
países.
Vinte anos de história, em defesa da
cultura popular e das artes
O FIG nasceu em 1995, por iniciativa
da Câmara Municipal de Palmela, no âmbito do Programa Municipal de Teatro, e é
membro fundador da Rede de Festivais de Cultura Popular, uma rede
internacional, constituída em 2004 por festivais de Portugal, Espanha, Itália e
Brasil, com o objetivo de criar um circuito de comunicação intercultural e de
promoção das diferentes identidades regionais e nacionais.
A 8.ª edição do Festival é organizada
pelo Município de Palmela, com o Bardoada – o Grupo do Sarrafo, o ATA – Acção
Teatral Artimanha, a Associação Juvenil COI
e a cooperativa PIA – Projectos de Intervenção Artística, e conta com o apoio
da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, ao nível da divulgação, e
com vários mecenas, que se associaram a este projeto, ao abrigo do programa
“Mecenas de Palmela”.
Esta é a festa das artes de rua
e da cultura popular. Muitos espaços diferenciados no coração da vila de Pinhal
Novo, entre o Jardim José Maria dos Santos e a Praça da Independência (frente à
estação da REFER, com ligações diretas a Lisboa e a toda a Península de
Setúbal) com programação específica para os diferentes públicos e entrada
gratuita.
Venha viver um fim de semana
diferente, para toda a família, entre os gigantes!