O Município de
Palmela foi distinguido, no dia 9 de junho, pela Confederação das Coletividades
de Cultura, Recreio e Desporto, com a medalha de Reconhecimento e Homenagem,
pelo seu trabalho na área da salvaguarda de arquivos associativos. O
Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Balseiro Amaro, recebeu a Medalha em
Lisboa, no âmbito das comemorações do Dia Nacional das Coletividades 2018, do
94.º aniversário da Confederação e, também, do Dia Internacional dos Arquivos.
A junção destas efemérides motivou a realização de um evento público, promovido
em parceria pela Confederação e a Direção-Geral
do Livro, Arquivos e Bibliotecas – Arquivo Nacional da Torre do Tombo,
que incluiu o Fórum “Salvaguarda
dos arquivos associativos”. Na ocasião, o Presidente destacou o trabalho das
equipas municipais envolvidas neste importante trabalho, que é de continuidade
e que se reveste de particular importância para um melhor conhecimento da nossa
História local.
A distinção ao
Município de Palmela surgiu na sequência de uma proposta da Sociedade
Filarmónica Palmelense “Loureiros”, acolhida pela Confederação, e refere-se, em
particular, à atividade desenvolvida pelo Arquivo Municipal, nomeadamente,
o PRAIM - Programa de Recuperação de Arquivos de Interesse Municipal,
iniciado na década de 90 do século passado. O propósito deste programa passa
pela deteção, inventário, conservação e promoção da organização de fundos
documentais com interesse histórico existentes no concelho, de propriedade
pública ou privada, tendo-se materializado através da publicação de dois
volumes na “Coleção Estudos e Projetos Municipais”, dedicados
aos inventários da documentação histórica de 31 instituições do concelho, entre
autarquias, paróquias, associações de bombeiros, adegas, entidades de apoio
social e associações culturais e desportivas. No total, foram recenseados cerca
de seis mil documentos, datados entre 1651 e 2000, e cinco desses fundos
documentais permanecem depositados no Arquivo Municipal.
Igualmente importante
tem sido o trabalho desenvolvido no âmbito do projeto de recolha de fotografias
“Uma Imagem, Mil Memórias”, que se consubstancia na compilação de fotografias
antigas do concelho, pertencentes a entidades públicas e privadas, singulares e
coletivas, para as digitalizar e preservar. Até à data, o Município contou com
o contributo de 72 entidades, o que representa um repositório de cerca de cinco
mil imagens das cinco freguesias, com vista à sua salvaguarda e partilha, bem
como das memórias associadas, espelho das vivências coletivas do concelho,
tendo dado origem a diversas exposições e à criação de uma página própria na
rede social Facebook.