sexta-feira, 13 de maio de 2016

Municípios refletiram sobre operacionalização dos Projetos Educativos Locais

A 12 de maio, o auditório do Espaço do Cidadão, no Centro Histórico de Palmela, acolheu a oficina de trabalho “Conjugar o verbo educar no território – da teoria à prática”, promovida pelo município de Palmela, no âmbito do Grupo de Trabalho PEL – Projeto Educativo Local da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras (RTPCE). Dirigida aos 63 municípios que integram a rede portuguesa e à comunidade educativa de Palmela, a reflexão proposta a partir do documento “Contributos para a construção de um Projeto Educativo Local de uma Cidade Educadora, RTPCE”, produzido pelos municípios de Palmela, Lisboa, Odemira, Loulé, Sesimbra e Évora, possibilitou a discussão e a partilha de práticas dos municípios para um entendimento comum do que pode ser um Projeto Educativo Local, inspirado na Carta das Cidades Educadoras.


Partindo da assunção de que uma Cidade Educadora deve estimular e oferecer vias de realização da capacidade educadora de todos os membros da cidade, tanto individual como coletivamente, e que toda a cidade é um sistema plural capaz de educar e, ao mesmo tempo, capaz de contrariar os fatores deseducadores, os participantes reconheceram a importância da governança colaborativa em torno da construção de um Projeto, que deve ter como base o desenvolvimento comunitário e como princípio, a Educação. Concluiu-se sobre a importância da adaptação do espaço público da cidade à transformação social, proporcionando qualidade e quantidade de relações entre cidadãos e instituições pela participação, relação e diálogo.
A qualidade de vida de um município educador deve passar pela criação de mecanismos de proteção e autonomia das pessoas e, ao mesmo tempo, promover a inclusão e a acessibilidade, a responsabilidade e a cooperação internacional, assumindo-se a educação, a partir do território, como um processo participado ao longo da vida. Cabe aos serviços municipais a implementação de estratégias e ações intencionais, concertadas e transversais, de oferta educativa, paralelamente ao diagnóstico e à definição de um Mapa da Cidade que identifique recursos e respostas locais ao serviço dos munícipes. Os municípios presentes mostraram-se disponíveis para dar continuidade a esta reflexão, identificando as oportunidades e dificuldades na operacionalização do PEL, como forma de evidenciar a importância da RTPCE e da responsabilidade de todos em tornar real o direito a uma Cidade Educadora, necessariamente conjugado com o direito à Educação, encarada como um pilar da democracia e dos processos produtivos geradores de trabalho/emprego e de desenvolvimento económico e social.